quinta-feira, 9 de abril de 2009
A vida de Pedro
Mensagem pregada na abertura do Congresso de Jovens DESENVOLIDER em 10/04/2009
a) Pedro e seu chamado
Os evangelhos (Mateus, Marcos, Lucas e João) traçam um perfil magnífico do apóstolo. Quando Jesus o chamou para o discipulado, Pedro era casado (Mt 8:14; 1Co 9:5) e vivia com a esposa e a sogra na cidade de Cafarnaum. Era irmão de André (outro discípulo), e ambos ganhavam a vida como pescadores.
A Bíblia apresenta o nome de Pedro 157 vezes. Na primeira menção, vemos o chamado de Cristo (Mt 4:18). Pedro foi o primeiro dos 12 a ser chamado. E ele respondeu imediatamente.
Reflexão: Como foi o seu chamado por Cristo? Você respondeu imediatamente? Qual foi o custo?
Os evangelhos apresentam um Pedro insensato:
1. Mt 14:22 – Pedro andou sobre as águas e depois afundou;
2. Mt 26:36 – Dormiu no Getsêmani enquanto deveria ter orado;
3. Mc 14:29 – Prometeu nunca se escandalizar, mas negou Jesus;
4. Jo 18:10,11 – Cortou a orelha de um servo do sumo-sacerdote (Malco) e atuou em outros episódios.
b) Pedro no círculo íntimo de Jesus
Pedro pertencia ao círculo íntimo de discípulos de Cristo com o qual Ele dividiu experiências, emoções e informações. Em várias ocasiões, o registro sagrado aponta para este grupo seleto:
1. A cura da filha de Jairo
2. O monte da transfiguração
3. O Getsêmani, etc.
A queda de Pedro foi gradual:
1. Confiou em si mesmo (Mc 14:31). Pedro caiu porque não conhecia a própria fraqueza. Julgava-se forte... Foi a confiança em si mesmo que o levou a cair.
2. Ele seguiu Jesus de longe (Lc 22:54). Infelizmente, suas palavras eram vazias. Quando chegou a hora da verdade, ele foi vencido. Muitos estão seguindo Jesus desta maneira. Veja o que diz Jesus: “Este povo honra-Me com os lábios, mas o seu coração está longe de Mim” (Mt 15:8).
3. Ele se misturou entre o povo (Lc 22:55; Jo 18:18). Pedro foi se aquecer perto de uma fogueira onde estavam alguns soldados e outras pessoas. O salmista diz: “Bem-aventurado o homem que não anda no conselho dos ímpios, não se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores” (Sl 1:1).
Reflexão: O que de fato aconteceu? Que evento foi o “divisor de águas” na experiência deste discípulo? Resposta: Foi o olhar de Jesus (Lc 22:61, 62).
Naquele olhar, Pedro leu o amor e a compaixão do Salvador, e uma torrente de recordações invadiu sua mente. ... Viu que estava fazendo exatamente aquilo que havia declarado que não faria .
Restauração de Pedro João 21. 9-23
A fogueira
A afirmação do amor de Pedro por Jesus tês vezes, curando as feridas das três negações.
Jesus apareceu várias vezes aos discípulos após Sua ressurreição. A terceira vez aparição ocorreu junto ao mar de Tiberíades. A mensagem de Jesus para Pedro foi clara: “apascenta as Minhas ovelhas”. Esta missão Pedro desempenhou em dois momentos: pessoalmente, em seu ministério, e por toda a história da igreja cristã, através de suas duas cartas.
Ao escrever estas cartas, Pedro obedeceu a duas ordens específicas dadas por Jesus.
1. Animar e fortalecer os irmãos (Lc 22:32).
2. Alimentar o rebanho de Deus (Jo 21:15-17).
As cartas de Pedro levam a seu destinatário a emoção profunda do conforto nos momentos difíceis. São marcadas com mensagens que emocionam, porque foram endereçadas a pessoas que experimentavam a realidade do sofrimento.
Ao analisarmos sua primeira carta, vemos que o apóstolo escreveu o que poderia se chamar de uma carta circular dirigida “aos expatriados da dispersão no Ponto, Galácia, Capadócia, Ásia e Bitínia”. Estas cinco regiões incluíam quase tudo o que hoje chamamos de Ásia Menor.
Pedro, como missionário enviado a eles (Gl 2:9), tinha um interesse especial nos judeus; mas não limitava suas saudações e instruções ao grupo minoritário dessas igrejas. Isso fica evidente pela declaração de que seus leitores em outro tempo não tinham sido “o povo de Deus”, e que eram idólatras convertidos (1Pe 2:10 ; 4:3-4). O apóstolo, que foi o primeiro a batizar gentios e defender sua condição de igualdade com os demais na igreja, sem dúvida considerava a todos os cristãos, tanto de origem judia como gentílica, como unidos em Cristo, e não fazia distinções ao se dirigir a eles. (Fonte: SDABC).
Ao escrever suas epístolas, Pedro tinha um propósito pastoral. Falou do perigo de perseguições e tempos de prova para a igreja. Pedro tentou fortalecer a fé de seus leitores, exortou-os a uma conduta exemplar, a testemunhar lealmente por Cristo e a se prepararem devidamente para o encontro com seu Senhor. E para ajudá-los a atingir estas metas, incluiu conselhos específicos para os criados (cap. 2:18), as esposas (cap. 3:1-6) os maridos (cap. 3:7), os anciões (cap. 5:1-4) e os membros mais jovens da igreja (cap. 5:5-9)
Através de toda a carta se vinculam um terno espírito com firme sentido de liderança, ambos santificados mediante um elevado conceito de Cristo.
Trajetória de Pedro em Atos dos Apóstolos
1:15 – Ele propôs a escolha de um novo apóstolo para o lugar de Judas;
2:14 – Ele pregou no Pentecostes e quase três mil se converteram;
3:1 – Curou um homem coxo havia mais de 40 anos;
4:8 – Cheio do Espírito Santo, deu testemunho diante do Sinédrio;
5:3 – Pronunciou a sentença de morte contra Ananias e Safira;
5:15 – Sua sombra curava os enfermos;
9:34 – Curou um paralítico chamado Enéias;
9:40 – Ressuscitou Dorcas;
10 – Converteu toda a casa de Cornélio;
12:7 – Um anjo o livrou da prisão, etc.
A PREGAÇÃO NO PODER DO ESPÍRITO SANTO – Atos 2: 14-47
1. Pedro tem uma pregação Cristocêntrica na sua essência
a) A morte de Cristo (v. 23) – A cruz não foi um acidente, mas parte do plano eterno de Deus. A cruz não foi uma derrota para Jesus, mas a sua exaltação. Foi na cruz que Jesus conquistou para nós redenção e desbaratou com o inferno. Cristo não foi para a cruz porque Judas o traiu, os judeus o entregaram, Pilatos o sentenciou e os soldados o pregaram. Eles foi à cruz pelo plano do Pai. Ele foi por amor.
b) A ressurreição de Cristo (v. 24,32) – Não adoramos um Cristo morto, mas o Jesus vitorioso sobre o pecado, a morte e o diabo.
c) A exaltação de Cristo (v. 33) – Jesus voltou ao céu triunfantemente e assentou-se no trono. Ele reina. Ele vai voltar.
d) O senhorio de Cristo (v. 36) – Jesus é o Senhor e diante dele deve se dobrar todo joelho. O ministério do Espírito Santo é o ministério de HOLOFOTE – exaltar Jesus.
2. Pedro tem uma pregação eficaz quanto ao seu propósito – 2:37
• A pregação de Pedro explodiu como dinamite no coração da multidão. Foi um sermão atingidor. Pedro não pregou para agradar nem para entreter. Ele foi direto ao ponto. Pôs o dedo na ferida. Não pregou diante do auditório, mas ao auditório. No verso 23 Pedro diz: “Vós o matastes, crucificando-o por mãos de iníquos”.
• A pregação precisa ser direta, confrontadora. Ela precisa gerar a agonia do arrependimento.
3. Pedro tem uma pregação clara em suas exigências v. 2:38
• Antes de falar de perdão, Pedro falou de culpa. Antes de falar de redenção, falou de pecado. Antes de falar de salvação, mostrou que eles estavam perdidos.
• Não há salvação sem arrependimento. Ninguém entra no céu sem antes saber que é um pecador. Pedro se dirigiu a um grupo extremamente religioso, mas que precisava se arrepender para ser salvo.
• Hoje, a pregação do arrependimento está desaparecendo dos púlpitos. Precisamos nos arrepender da nossa falta de arrependimento.
4. Pedro tem uma pregação específica quanto à promessa – v. 38
• Duas promessas são feitas ao arrependido: uma ligada ao passado e outra ao futuro: remissão de pecados e dom do Espírito Santo. Depois que somos salvos, então podemos ser cheios do Espírito. Primeiro o povo se volta para Deus de todo o coração, com choro, jejuns, rasgando o coração; depois o Espírito é derramado.
5. Pedro tem uma pregação vitoriosa quanto aos resultados – v. 41
• Quando há poder na pregação, vidas são salvas. A pregação de Pedro não apenas produziu conversões abundantes, mas também frutos permanentes.
• Eles não somente nasceram, mas também cresceram na graça de Jesus (At 2:42-47). Ao serem convertidas, elas foram batizadas. Integraram-se na igreja e perseveraram. Criaram raízes. Amadureceram. Fizeram outros discípulos e a igreja tornou-se irresistível.
A VIDA CHEIA DO ESPÍRITO SANTO – 2:42-47
1. Uma igreja cheia do Espírito Santo tem compromisso com a Palavra de Deus – v. 42
• Eles tinham prazer de estudar a Palavra. Eles tornaram-se crentes firmes nas Escrituras. Eles perseveravam na doutrina dos apóstolos.
2. Uma igreja cheia do Espírito tem prazer na vida de oração – v. 42
• Uma igreja cheia do Espírito ora com fervor e constância. É impossível ser uma pessoa cheia do Espírito e não ter vida de oração.
3. Uma igreja cheia do Espírito tem profunda comunhão – v. 42,44,45,46
• Uma igreja cheia do Espírito é um lugar onde os irmãos se amam profundamente. Eles gostavam de estar juntos (v. 44). Eles partilhavam seus bens (v. 45). Eles gostavam de estar na igreja (v. 46) e também nos lares (v. 46b). Havia um só coração e uma só alma.
4. Uma igreja cheia do Espírito que adora a Deus com entusiasmo – v. 47
• Uma igreja cheia do Espírito canta com fervor. Ela louva a Deus com entusiasmo. Ela louva a Deus de todo o coração e bane do seu meio toda murmuração.
5. Uma igreja cheia do Espírito teme a Deus e experimenta os seus milagres – v. 43
• Uma igreja cheia do Espírito é formada por um povo cheio de reverência. Ela tem compreensão da santidade de Deus. Ela se curva diante da majestade de Deus. Ela tem a agenda aberta para as soberanas intervenções de Deus. Ela crê nos milagres de Deus.
6. Uma igreja cheia do Espírito é uma igreja que tem a simpatia dos homens e a bênção do crescimento numérico por parte de Deus - v. 47
• Essa igreja é simpática, amável. Ela é sal e luz. Ela é perfume de Cristo. Ela é carta de Cristo. Ela é boca de Deus e monumento da graça de Deus no mundo.
• Essa igreja tem qualidade e também quantidade. Ela cresce para o alto e também para os lados. Ela tem vida e também números.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
A graça de Deus está acima das nossas limitações e incapacidades.Pedro como foi muito bem colocado nesse estudo é o exemplo do amor incomparavel de Deus.
ResponderExcluir