domingo, 26 de abril de 2009

UMA TRAJETÓRIA DAS TREVAS PARA A LUZ


Marcos 10

INTRODUÇÃO


1. As aparentes contradições do texto

A cura do cego Bartimeu está registrada nos três evangelhos sinóticos. Porém, existem nuances diferentes nos registros. Mateus fala de dois cegos e não apenas de um (Mt 20.30) e Lucas fala que Jesus estava entrando em Jericó (Lc 18.35-43) e não saindo de Jericó como nos informa Marcos (10.46). Como entender essas aparentes contradições?

Em primeiro lugar, nem Marcos nem Lucas afirmam que havia apenas um cego. Eles destacam Bartimeu, talvez, por ser o mais conhecido e aquele que se destacava em seu clamor. William Hendriksen diz que não há nenhuma contradição nos relatos, porque nem Marcos nem Lucas nos contam que Jesus restaurou a visão de somente um cego. Entretanto, não sabemos porque Marcos escreveu a respeito de Bartimeu e não disse nada em relação ao outro cego.[1]

Em segundo lugar, havia duas cidades de Jericó. No primeiro século havia duas Jericós: a velha Jericó, quase toda em ruínas, e a nova Jericó, cidade bonita, construída por Herodes, logo ao sul da cidade velha. A cidade antiga estava em ruínas, mas Herodes, o grande havia levantado essa nova Jericó, onde ficava seu palácio de inverno, uma bela cidade ornada de palmeiras, jardins floridos, teatro, anfiteatro, residências e piscinas para banhos.[2] Aparentemente, o milagre aconteceu na divisa entre a cidade nova e a velha, enquanto Jesus saía de uma e entrava na outra.[3]

2. A última oportunidade

A cidade de Jericó além de ser um posto de fronteira e alfândega (Lc 19.2), também era a última oportunidade de abastecimento de provisões e local de reuniões, em que grupos pequenos se organizavam para a viagem em conjunto. Desta forma protegidos contra os salteadores de estrada (Lc 10.30), os peregrinos partiam deste último oásis no vale do Jordão para o último trecho de uns vinte e cinco quilômetros, uma subida íngreme de perto de mil metros, através do deserto acidentado da Judéia até a cidade do templo.[4]

Jesus estava indo para Jerusalém. Ele marchava resolutamente para o calvário. Era a festa da páscoa. Naquela mesma semana Jesus seria preso, julgado, condenado e pregado na cruz. Era a última vez que Jesus passaria por Jericó. Aquela era a última oportunidade de Bartimeu. Se ele não buscasse a Jesus, ficaria para sempre cativo de sua cegueira.

A oportunidade tem asas, se não a agarrarmos quando ela passa por nós, podemos perdê-la para sempre. Nunca saberemos se a oportunidade que estamos tendo agora será a última da nossa vida.

3. A grande multidão

Por que a numerosa multidão está seguindo Jesus de Jericó rumo a Jerusalém? Aquele era o tempo da festa da Páscoa, a mais importante festa judaica. A Lei estabelecia que todo varão maior de doze anos que vivesse dentro de um raio de vinte e cinco quilômetros estava obrigado a assistir a festa da Páscoa. Obviamente nem todos podiam fazer essa viagem. Esses, então, ficavam à beira do caminho desejando boa viagem aos peregrinos. Por essa razão, Jericó que, ficava a vinte e cinco quilômetros de Jerusalém tinha suas ruas apinhadas de gente. Além do mais, o templo tinha cerca de vinte mil sacerdotes e levitas distribuídos em vinte e seis turnos. Muitos deles moravam em Jerusalém, mas na festa da Páscoa todos deviam ir a Jerusalém. Certamente muitas pessoas deviam estar acompanhando atentamente a Jesus, impressionadas pelos seus ensinos; outras, curiosas acerca desse rabino que desafiava os grandes líderes religiosos da nação. Era no meio dessa multidão mista que Bartimeu se encontrava.[5]


I. SUA CONDIÇÃO ANTES DE CRISTO


1. Bartimeu vivia numa cidade condenada (10.46)

Jericó foi a maior fortaleza derrubada por Josué e seu exército na conquista da terra prometida (Js 6.20,21). Josué fez o povo jurar e dizer: “Maldito diante do Senhor seja o homem que se levantar e reedificar esta cidade de Jericó; com a perda do seu primogênito lhe porá os fundamentos e, à custa do mais novo, as portas” (Js 6.26). Jericó tinha cinco características que faziam dela uma cidade peculiar:

Em primeiro lugar, Jericó era uma cidade sob maldição. Herodes, o grande reconstruiu a cidade e a adornou, mas isso não fez dela uma bem-aventurada.

Em segundo lugar, Jericó era uma cidade encantadora. Era chamada a cidade das palmeiras e dos sicômoros. Quando a brisa batia na copa das árvores, as palmeiras esvoaçavam suas cabeleiras, espalhando sua fragrância e encanto.

Em terceiro lugar, Jericó era uma cidade dos prazeres. Ali estava o palácio de inverno do rei Herodes. Ali ficavam as fontes termais. Ali milhares de sacerdotes que trabalhavam no templo de Jerusalém moravam. Jericó era a cidade da diversão.

Em quarto lugar, Jericó era uma cidade que ficava no lugar mais baixo do planeta. A região onde está situada a cidade de Jericó é o lugar mais baixo do planeta, há quatrocentos metros abaixo do nível do mar. É a maior depressão da terra.

Em quinto lugar, Jericó era uma cidade às margens do Mar Morto. O Mar Morto é um lago de sal. Nele não existe vida. Trinta e três por cento da água desse mar é sal. Nada floresce às margens desse grande lago de sal.

2. Bartimeu era cego e mendigo (10.46)

Faltava-lhe luz nos olhos e dinheiro no bolso. Estava entregue às trevas e à miséria. Vivia a esmolar à beira da estrada, dependendo totalmente da benevolência dos outros. Um cego não sabe para onde vai, um mendigo não tem aonde ir.

Não há nenhuma cura de cego no Antigo Testamento; os judeus acreditavam que tal milagre era um sinal de que a era messiânica havia chegado (Is 29.18; 35.5).[6]

3. Bartimeu não tinha nome (10.46)

Bartimeu em aramaica significa filho de Timeu.[7] Bartimeu não é nome próprio, significa apenas filho de Timeu. Adolf Pohl diz que deste cego conhecia-se somente o nome do pai, que foi explicado para os desinformados.[8] Este homem não era cego e mendigo, mas estava também com sua auto-estima achatada. Não tinha saúde, nem dinheiro, nem valor próprio. Certamente carregava não apenas sua capa, mas também seus complexos, seus traumas, suas feridas abertas.


4. Bartimeu estava à margem do caminho (10.46)

A multidão ia para a festa da Páscoa, mas ele não podia. A multidão celebra e cantava, ele só podia clamar por misericórdia. Ele vivia à margem da vida, da paz, da felicidade.


II. SUA DECISÃO POR CRISTO


1. Bartimeu buscou a Jesus na hora certa (10.47)

Aquela era a última vez que Jesus passaria por Jericó. Era a última vez que Jesus subiria a Jerusalém. Aquela era a última oportunidade daquele homem. Não há nada mais perigoso do que desperdiçar uma oportunidade. As oportunidades vêm e vão. Se não as agarrarmos, elas se perderão para sempre.

2. Bartimeu buscou a pessoa certa (10.47)

Com sua cegueira, Bartimeu enxergou mais do que os sacerdotes, escribas e fariseus. Estes tinham olhos, mas não discernimento. Bartimeu era cego, mas enxergava com os olhos da alma.

Bartimeu chamou Jesus de “Filho de Davi”, seu título messiânico. Jesus é chamado “Filho de Davi” somente aqui em Marcos.[9] O fato deste cego mendigo chamar Jesus de “Filho de Davi” revela que ele reconhecia Jesus como o Messias, enquanto muitos que haviam testemunhado os milagres de Jesus estavam cegos a respeito da sua identidade, recusando-se a abrir seus olhos para a verdade.[10]

Bartimeu chamou Jesus de Mestre. A palavra rabboni também é traduzida por Senhor. A única pessoa nos evangelhos que usou esta palavra foi Maria (Jo 20.16). Bartimeu tinha usado duas vezes o título messiânico de Jesus, mas rabboni era uma expressão de fé pessoal.[11]

Ele compreendia que Jesus tinha poder e autoridade para dar-lhe visão. Este filho o último milagre de cura registrado pelo evangelista Marcos. Nele Jesus demonstra seu amor, misericórdia e graça.

3. Bartimeu buscou a Jesus com perseverança (10.48)

Bartimeu revelou uma insubornável persistência. Nada nem ninguém pode deter o seu clamor, sua exigência de ser levado frente a Jesus. Estava determinado a dialogar com a única pessoa que podia ajudá-lo. Seu desejo de estar com Cristo não vago, geral nem nebuloso. Era uma vontade determinada e desesperada.[12]

A multidão tentou abafar sua voz, mas ele clamava ainda mais alto: “Filho de Davi, tem compaixão de mim”. A multidão foi obstáculo para Zaqueu ver a Jesus e estava sendo obstáculo para Bartimeu falar a Jesus. Nem sempre a voz do povo é a voz de Deus, e, geralmente, não é. Aqueles que tentam silenciar a voz do mendigo faziam-no pensando que Jesus estava ocupado demais para preocupar-se em dar atenção a um indigente.[13] William Hendriksen sugere algumas razões que levaram as pessoas a tentar calar a voz de Bartimeu: Primeiro, as pessoas estavam com pressa de chegar a Jerusalém; segundo, elas concluíram que aqueles gritos não condiziam com a dignidade de Cristo; terceiro, elas não estavam prontas ainda para ouvirem uma proclamação pública de Cristo como sendo “Filho de Davi”; quarto, elas sabiam que os seus líderes religiosos não gostariam nem um pouco disso.[14]

Bartimeu não se intimidou nem desistiu de clamar pelo nome de Jesus diante da repreensão da multidão. Ele tinha pressa e tinha determinação. Ele sabia da sua necessidade e sabia que Jesus era o único que poderia libertá-lo de sua cegueira e dos seus pecados.

4. Bartimeu buscou a Jesus com humildade (10.47,48)

Bartimeu sabe que não merece favor algum, e apela apenas para a misericórdia de Deus. Ele não pede justiça, mas misericórdia. Ele não reivindica direitos, mas pede compaixão.

5. Bartimeu buscou a Jesus com desprendimento (10.50)

Logo que Jesus mandou chamá-lo, ele lançou de si a capa e num salto foi ter com Jesus. Há muitos que escutam o chamado de Jesus, mas dizem: “Espera até que o que estou fazendo”, ou “já vou, depois que terminar isso ou aquilo”. Bartimeu demonstrou pressa. Há duas coisas dignas de nota aqui:

Em primeiro lugar, Bartimeu desfez-se da única coisa preciosa que possuía. Sua capa era sua roupa, sua proteção, sua cama. Era tudo o que ele possuía para protegê-lo da poeira do deserto durante o dia e o de seu frio gélido à noite. Mas, ele desfez-se de imediato de tudo que o poderia se constituir obstáculo. Para Bartimeu o encontro com Cristo era a coisa mais importante da sua vida. Estava pronto a abrir de tudo para encontrar-se com o Messias.

Em segundo lugar, Bartimeu transcendeu a psicologia dos cegos. Ele levantou-se de um salvo para ir a Jesus. Os cegos não pulam, elas apalpam. Kierkegaard, o pai do existencialismo moderno, disse que fé é um salto no escuro, mas para Bartimeu, fé é um salto nos braços de Jesus. Champlin diz que Bartimeu deu um salto com a alma, e não apenas com as pernas. Esse salto fala da prontidão com que devemos correr para Jesus.[15]

6. Bartimeu buscou a Jesus com objetividade (10.51)

Bartimeu sabia exatamente o que necessitava. Jesus perguntou para Tiago e João, “o que quereis que vos faça?” Perguntou para o paralítico: “Queres ser curado?”. Quando Bartimeu chegou à presença de Jesus, ele lhe fez uma pergunta pessoal: “Que queres que eu te faça?”. Ele podia pedir uma esmola, uma ajuda, mas ele foi direto ao ponto principal: “Mestre, que eu torne a ver”.


III. SUA NOVA VIDA EM CRISTO


1. Bartimeu foi salvo por Cristo (10.52)

Aquela era uma caminhada decisiva para Jesus. Ele tinha pressa e determinação. A cidade de Samaria não conseguiu detê-lo. Mas, o clamor de um mendigo o fez parar. Nesse mundo onde tudo se move, o Filho de Davi pára para ouvir o seu clamor. Ele pára para atender-lhe a voz.

Jesus disse para Bartimeu: “Vai, a tua fé te salvou”. Bartimeu creu não por causa da clareza da sua visão, mas como uma resposta ao que ele ouviu.[16] Jesus diagnosticou uma doença mais grave e mais urgente do que a cegueira. Não apenas seus olhos estavam em trevas, mas também a sua alma. Ele foi buscar a cura para seus olhos, e encontrou a salvação da sua alma. William Hendriksen diz que pelo fato de a fé ser, em si mesma, um dom de Deus, é surpreendente que Jesus, em várias ocasiões, louve o recipiente do dom por exercitá-la.[17]

John Charles Ryle diz que Bartimeu era cego no corpo, mas não em sua alma. Os olhos do seu entendimento estavam abertos. Ele viu coisas que Anás, Caifás e as hostes de mestres em Israel não viram. Ele viu que Jesus era o Messias esperado, o todo poderoso Deus.[18] Você tem os olhos da sua alma abertos (1 Pe 1.8)?


2. Bartimeu foi curado por Cristo (10.52)

Jesus não apenas perdoa pecados e salva a alma, mas também cura e redime o corpo. Bartimeu teve seus olhos abertos. Ele saiu de uma cegueira completa para uma visão completa. Num momento, cegueira total. No seguinte, visão intacta.[19] A cura foi total, imediata e definitiva.

3. Bartimeu foi guiado por Cristo (10.52)

Bartimeu “seguia a Jesus estrada a fora”. Bartimeu demonstra gratidão e provas de conversão. Ele não queria apenas a bênção, mas, sobretudo, o abençoador. Ele seguiu a Jesus para onde? Para Atenas, a capital da filosofia? Para Roma, a capital do poder político? Não, ele seguiu a Jesus para Jerusalém, a cidade onde Jesus chorou, onde Jesus suou sangue, onde Jesus foi preso, sentenciado, condenado e pregado na cruz. Ele seguiu não uma estrada atapetada, mas um caminho juncado de espinhos. Não o caminho da glória, mas o caminho da cruz. Bartimeu trilhou o caminho do discipulado.


CONCLUSÃO

Jesus passou por Jericó. Ele está passando hoje também pela nossa vida, cruzando as avenidas da nossa existência. Temos duas opções: clamar pelo seu nome ou perder a oportunidade.

Jesus vai hoje passar. Qual vai ser a decisão? Segui-lo ou deixá-lo passar?

A RESTAURAÇÃO DO POVO DE DEUS


Ezequiel 37.1-28

INTRODUÇÃO

1. A crise desesperadora da nação não limita a ação divina
- A crise é um tempo de oportunidade. Os grandes avivamentos da história começaram em tempos de profunda sequidão espiritual, apatia religiosa e abandono da fé.
- Estamos vivendo uma aguda crise na nação e na igreja evangélica em nossa Pátria. Mas a crise não pode impedir a mão de Deus de agir. Quando o povo de Israel estava como um vale de ossos secos, Deus realizou um milagre e pôs a nação de pé.

2. O milagre da restauração não é obra humana, mas iniciativa divina
- A nação de Israel não podia levantar-se pelo seu próprio esforço. Eles eram como um vale de ossos secos. Não havia vida neles. Ou Deus se manifestava ou estariam completamente perdidos.
- É Deus quem age hoje na vida da igreja. É Deus quem nos restaura. Dele vem a nossa cura. Dele vem a nossa libertação. É ele quem põe de pé o prostrado!

I. A NECESSIDADE DE RESTAURAÇÃO

1. O povo de Deus estava desprovido de vida espiritual
- O profeta Isaías ao comtemplar a condição espiritual da nação, disse: “Este povo está enfermo da cabeça aos pés”. Isaías chamou o povo ao arrependimento, mas ele não quis ouvir. “Quem creu...”
- O profeta Amós olhou para o povo e viu que o culto estava sem vida, a música era apenas um barulho estridente aos ouvidos de Deus e chamou a nação ao arrependimento, mas eles não quiseram ouvir.
- O profeta Oséias olhou a para nação e viu sua infidelidade, sua instabilidade espiritual, sua depravação moral e chamou o povo ao arrependimento, mas eles não quiseram ouvir.
- Deus mandou o profeta Miquéias e este concluiu que o povo estava enfadado de Deus. O povo não quis ouvir.
- Deus enviou o profeta Jeremias e este chorou porque o povo havia abandonado a Deus, o manancial de águas vivas e cavado para si sisternas rotas. Deus falou mil vezes: chamou, aconselhou, exortou, mas o povo não quis ouvir. Deus chamou o povo pelo amor e este não veio. Então, Deus mandou o açoite, o chicote, a espada, o cerco do inimigo, o cativeiro. A Assíria e a Babilônia vieram e levaram o povo para o cativeiro.
- Agora, Ezequiel vê o progresso do mal. Vê os resultados da desobediência, os frutos amargos da rebeldia. Agora não é apenas um povo doente. A enfermidade dá lugar à morte e a morte à desintegração orgânica. Agora estava ali um monte de ossos secos, sem vida, sem esperança. Era a maquete da desesperarança, o retrato de um povo caído, com a esperança morta.
- O v. 11 diz que os ossos secos eram todas a casa de Israel. O v. 13 diz que eles estavam em sepulturas existenciais. Haviam antecipado a morte por não terem tomado posse da vida.

2. O povo de Deus estava disperso
- Havia falta de vida e também falta de comunhão. O pecado separa, divide, afasta as pessoas. Eles estavam não apenas sem vigor, mas também dispersos. Há falta de comunhão. Há fissuras na comunhão. Há muros que nos separam, feridas abertas nos relacionamentos, distância uns dos outros.

3. O povo de Deus estava como um vale de ossos secos
- Esta era a condição de Israel e a situação de muitos crentes hoje, ausência de vida, de entusiasmo, de prazer na Casa de Deus, de deleite na oração.
- A vida abundante que Cristo oferece parece estar ausente. O poder do Espírito Santo parece ser algo desconhecido. Muitos crentes estão dormindo. Outros estão imitando e amando o mundo. Outros estão flertando com o pecado. Outros estão apáticos às coisas de Deus.

4. O povo de Deus manifestava sinais de morte

a) Um morto não tem apetite – Uma pessoa morta espiritualmente não tem fome e sede de Deus. Ele não tem prazer na leitura da Bíblia. O culto para ele é uma canseira. Uma pessoa morta não sente saudade de Deus, não ama a Deus, não busca em primeiro lugar as coisas lá do alto. O que a atrai são os prazeres do mudno, a fascinação da riqueza.
b) Um morto é insensível – Deus fala, chama, exorta, mas elas não escutam. São surdas espiritualmente. Eles não se constrangem com o amor de Deus nem se abalam com o fogo do inferno. Não se importam com a condição dos perdidos.
c) Um morto não tem ação – O morto não se levanta, não trabalha para Deus, não tem tempo para Deus.
d) Um morto é onde a vida está absolutamente ausente – Um morto afasta as pessoas. Ele se deteriora. Israel já era como um monte de ossos sequíssimos. Talvez há pessoas espiritualmente mortas aqui. Há maridos, esposas, filhos e pais mortos.

II. O AGENTE DA RESTAURAÇÃO

1. Deus é quem toma a iniciativa da restauração
- Tudo provém de Deus. Ele é quem nos escolheu. Ele é quem nos chama. Ele é quem nos justifica. Ele é quem nos transforma. Ele é quem nos levanta a da morte. A iniciativa da restauração vem de Deus.
- É Deus quem faz Ezequiel andar no meio da vale (v. 2)
-É Deus quem pergunta ao profeta (v. 3)
- É Deus quem manda o profeta profetizar (v. 4)
- Toda a ação para levantar da morte é iniciativa divina (v. 5-6).

2. Deus é quem age milagrosamente levantando os mortos da sepultura espiritual
- Deus perguntou ao profeta: “Filho do homem poderão reviver esses ossos?”. Os céticos diriam: impossível. Os incrédulos diriam: Jamais! Mas Ezequiel disse: “Senhor Deus, tu o sabes”. Se Deus quiser, os mortos se levantam. SE Deus quiser o leproso fica limpo. SE Deus quiser, o paralítico anda. SE Deus quiser, o bêbedo se torna sóbrio. SE Deus quiser, o drogado fica livre. SE Deus quiser, o feiticeiro corre arrependido para os braços de Jesus.
- Deus pergunta hoje: é possível a nossa igreja receber uma poderosa restauração? É possível esta igreja ser cheia do Espírito Santo? É possível nossos pastores serem tochas acesas nas mãos do Senhor? É possível termos líderes cheios da unção do alto? É possível termos jovens santos? É possível termos famílias piedosas? É possível esta igreja ser uma uma igreja de oração? É possível esta igreja ser uma ganhadora de almas?
- Ezequiel respondeu: “Senhor Deus tu o sabes!” SE Deus quiser ele pode fazer dos pastores homens cheios de intrepidez, fortalecer os fracos, levantar os caídos. SE Deus quiser, ele pode inflamar esta igreja

III. O INSTRUMENTO DA RESTAURAÇÃO

1. A Palavra de Deus
- Deus então diz: “profetiza a esses ossos: ossos secos ouvi a Palavra do Senhor” (v. 4). Deus chama os mortos pela Palavra. Não há outro instrumento. Hoje muitas igrejas têm abandonado a Palavra, têm pregado outro evangelho, tem pregado doutrinas de homens, tem pregado o que o povo quer ouvir. Mas se queremos ver os mortos recebendo vida, se queremos ver conversões verdadeiras, precisamos pregar a Palavra. Há poder na Palavra!
- A Palavra é o poder de Deus para a salvação. A Palavra deve ser prega com lágrimas e no poder do Espírito.

2. O Espírito Santo
- O v. 5 diz que é quando o Espírito entra nesses ossos é que eles recebem vida.
- O v. 9 diz que quando o Espírito vem e assopra sobre os ossos secos, eles recebem vida.
- O v. 10 diz que quando o Espírito entrou neles, eles se levantaram como um exército.
- Precisamos do sopro do Espírito trazendo vida, levantando os caídos, ressuscitando os mortos espirituais.
- É o Espírito Santo quem regenera, quem convence de pecado, quem nos batiza no corpo, nem nos dá nova vida.

IV. O PROCESSO DA RESTAURAÇÃO

1. Ruído
- Houve um ruído, um barulho, uma agitação. Mas isso ainda não é vida. Restauração não é barulho, agitação, estardalhaço, gritaria, emocionalismo. Não se gera vida com propaganda e com marketing. Ezequiel não confundiu barulho com criação, nem atividade com unção, nem agitação com avivamento.

2. Ajuntamento
- Houve um processo. Os ossos que estavam espalhados, dispersos, se ajuntaram. Voltaram às suas origens. Ficaram em ordem. Mas ainda eram ossos secos, sem vida, sem fôlego.
- Talvez ficássemos satisfeitos com isto. Ezequiel não. De que vale um bando de esqueletos? Eles poderiam por acaso lutar as guerras do Senhor?

3. Tendões e carne
- Eles agora estavam de pé. Agora tinham uma estrutura. Agora pareciam gente. Mas ainda estavam mortos. Podemos ter estrutura, doutrina, preceitos, mas ainda falta vida. Podemos ter religião, podemos frequentar a igreja, mas precisamos de vidas!

4. Pele
- Agora eles tinham aparência, beleza, formosura, mas ainda estavam mortos. Era cadáveres. Você pode parecer filho de Deus, poder aprender um vocabulário evangélico e ter cacuete de filho de Deus e ainda não estar vivo.
- Os fariseus eram bonitos por fora, mas estavam mortos como túmulos caiados. É preciso mais, é preciso que o Espírito Santo nos vivifique!

5. O Espírito entrou neles e viveram e se puseram em pé, um exército sobremodo numeroso
- Só o Espírito pode regenerar a sua alma. Só o Espírito pode transformar sua vida, só o Espírito pode trazer restauração em nosso meio. Só o Espírito pode fazer jorrar rios de águas vivas dentro de nós. Só o Espírito Santo pode nos dar poder e fazer esta igreja levantar-se como um poderoso e numeroso exército!

V. OS RESULTADOS DA RESTAURAÇÃO

1. Os ossos secos passaram a viver e se puseram em pé como um exército – v. 10
Deus pode nos levantar. Deus nos pode unir. Deus pode nos dar um só coração, um só propósito, para sermos nesta igreja como um exército do Senhor, a nos levantarmos em nome do Senhor, para fazer a obra do Senhor.

2. Os ossos secos saíram da sepultura existencial – v. 12-13
Não importa quão profunda seja a sepultura existencial em que você se encontra. Em que buraco existencial você se enfiou. Nesta noite, o Espírito Santo pode quebrar o poder da morte em sua vida, desatar você das vestes mortuários e fazer de você uma pessoa livre, cheia de vida!

3. Uma experiência profunda com Deus – v. 6,13,14
- Então sabereis que eu sou o Senhor (v. 6)
- Sabereis que eu sou o Senhor, quando eu abrir a vossa sepultura e fizer sair dela, ó povo meu (v. 13).
- Porém em vós o meu Espírito, e vivereism, e vos estabelecerei na vossa própria terra. Então, sabereis que eu, o Senhor, disse isto e o fiz, diz o Senhor (v. 14).

4. Unidade espiritual – v. 22-25
- Nunca mais Israel seria duas nações. A divisão que rasgou a nação no meio não mais existiria. Deus restaura relacionamentos quando o Espírito Santo sopra sobre nós. Acabam-se as mágoas, as fissuras.

5. Comunhão íntima e contínua com Deus – v. 26-28
- Deus porá o seu santuário no meio do seu povo para sempre. Ele será nosso Deus e nós seu povo. O santuário estará no meio do seu povo para sempre. Isso significa comunhão. A nossa maior recompensa é Deus. Nossa maior herança é Deus. A vida eterna é conhecer a Deus. O céu é comunhão com Deus. O Espírito nos tira da morte e nos restaura para termos comunhão com Deus. Avivamento é comunhão com Deus! Amém!

quinta-feira, 23 de abril de 2009

NELMA


Há alguns anos atrás fui pastor da Igreja Presbiteriana de Campos, esta igreja fica as margens do Rio Paraíba. Havia uma visão linda ao entardecer que encantava qualquer pessoa, principalmente quando o vento soprava com vontade, levando algumas folhas e desgrenhando os cabelos. Foi em uma destas tarde de domingo, no horário de verão, que me lembro de uma pessoa muito querida falando sobre a beleza do entardecer e o vento a soprar e bagunçando meu cabelo. Não quero falar do vento, nem da igreja, nem do rio, quero me lembrar desta pessoa, seu era Nelma, mulher culta, professora aplicada, mãe incansável e crente fiel. Como mulher culta, tinha assunto para conversar sobre tudo, sempre pontuada pelo bom senso e um excelente português, linguagem culta, mulher que sempre estava lendo algum tipo de assunto, sempre informada. Como professora não acompanhei bem, mas não tenho dúvida de que era muito aplicada isto pelos comentários que ela mesma fazia e alguns dos que viveram perto dela. Como mãe incansável eu presenciei momentos de dedicação aos filhos Isabele e Marcelo, sempre orando por eles e os acompanhando. Lembro-me dos telefonemas dela para minha casa pedindo oração por Marcelo, falando das dificuldades na faculdade de Isabele. Isabele fazia medicina, sabe lá o que é uma professora do Estado do Rio de Janeiro pagar uma faculdade particular medicina? Durante o tempo em que Isabele estudou a Nelma não comprou nem um chinelo para ela própria, tudo era em função da Faculdade, valeu a pena a Isabele hoje é a Doutora Isabele, médica respeitada por sua competência, integridade e honestidade, mulher bonita, inteligente e aplicada.
Quando sai ou melhor, fui tirado da igreja de Campos, quando aqueles que diziam ser minhas ovelhas me abandonaram Nelma e Isabele nunca nos deixaram, me lembro certa vez, quando estava fazendo aniversário de casamento, no dia 14 de março de 2004, bateram palmas na porta de minha casa e para minha surpresa, lá estavam Nelma e Isabele, com um delicioso lanche e um bolo para mim e minha esposa Eloína. Houve uma semana que ela ligou todos os dias para minha casa para saber como estávamos ela nunca nos abandonou,esta mulher entendeu e colocou em prática em sua vida o que Jesus ensinou enquanto esteve aqui, amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo a si mesmo. Nelma nunca tirou o cisco do olho de ninguém e muito menos pensava que a igreja era uma sociedade construída por “santos”, mas sim que Jesus não veio para os sãos, mas para aqueles que são humildes de coração e carentes da glória e presença de Deus, por isso Nelma não criticava, não julgava e nem sentenciava, NELMA AMAVA.
Na Igreja de Campos ela nunca foi uma mulher líder, chegava sentava em seu banco, anotava minhas mensagens, orava pela igreja, cantava no coral e tinha uma voz linda. Era uma mulher crente, não precisava de cargos para aparecer, aparecia por ser a nossa Nelma.
Ano passado o senhor chamou a Nelma, vítima de um câncer avassalador e nas minhas indagações fiquei a pensar como uma pessoa tão boa pode morrer assim, tão de repente e tão nova. Meu filho quando era pequeno dizia te tem gente que não vai morrer nunca, vai viver para sempre e muitos anos, em sua cabeça infantil ele chegou à seguinte conclusão: Nem Deus nem o diabo querem certas pessoas portanto não há lugar para elas no céu ou inferno, enquanto isto eles ficam na terra perturbando os outros.
Nelma pode ver o fruto do seu penoso trabalho, a formatura de Isabele, ficando apenas a tristeza de Isabele não pode dar tudo o que sempre sonhou para sua mãe, mas uma coisa eu sei e tenho certeza, Isabele deu o maior presente a sua mãe que é o carinho e a dedicação, não só na enfermidade, mas muito carinho como filha amorosa. Tenho saudades de Nelma e hoje acordei pensando nela e por isto escrevi este artigo, só para lembrar um pouco de uma mulher crente, verdadeiramente crente.

domingo, 19 de abril de 2009

O SOFRIMENTO DO CORDEIRO DE DEUS




ISAIAS 53

INTRODUÇÃO

Quero hoje falar sobre a vida de Jesus. Ele deixou a glória e a companhia dos querubins para se fazer carne e habitar entre nós. Sendo Deus exaltado se humilhou até a morte de cruz. Sendo Deus transcendente se esvaziou. Sendo rei dos reis se fez servo. Sendo infinito tornou-se um bebê enfaixado na manjedoura.
Veio cumprir o plano do Pai. Veio espontaneamente. Veio por amor. Veio buscar e salvar o perdido. Veio para salvar o pecador. Veio para desfazer as obras do diabo. Veio para vencer o pecado. Veio para triunfar sobre os principados e potestades. Veio para levar cativo o cativeiro. Veio para estabelecer o Reino de Deus. Veio para conquistar seu coração e remir a sua vida.
Não veio para ser servido, mas para servir. Não veio para ser aplaudido, mas para ser desprezado. Não veio para ser colocado num trono, mas para ser pregado numa cruz. Nasceu não para viver, mas para morrer.
Hoje vamos acompanhar seus passos, olhar suas feridas, enxergar seu triunfo e perceber sua recompensa.

I. O SOFRIMENTO DE JESUS

Cresceu diante de Deus como um broto tenro numa terra ruim. A terra lhe era inimiga, seca, árida, negou-lhe a seiva. Torturado e retorcido, planta feia e sem nobreza, não atrai quem passa.
v. 2 “...”
Seu sofrimento é repulsivo = ao vê-lo “os homens escondem o rosto.” (v.3).
Seu sofrimento não causa preocupação = “e dele não fizemos caso...” (v.3).

Tem do sofrimento uma experiência íntima e longa = “Homem de dores e sabe o que é padecer...” (v.3).

1. O sofrimento moral
1.1. Rejeição - v. 3
Jesus foi desprezado, o texto diz que foi “O MAIS rejeitado entre os homens.”
a) Ele foi rejeitado pelo seu povo = “Ele veio para os seus, mas os seus não o receberam.”
b) Ele foi rejeitado pelos religiosos da sua época = que lhe chamaram de fanático, mentiroso, blasfemo, pecador, beberrão e até de possesso de belzebu.
c) Ele foi rejeitado pela mesma multidão que o ovacionava = empolgada com seus milagres, agora como uma turba, sedenta de sangue, perversamente grita diante de Pilatos: “crucifica-o, crucifica-o” - “Caia sobre nós o sangue dele.”
d) Ele foi rejeitado pela multidão de discípulos que não gostaram da sua pregação radical = e por isso o abandonaram e já não mais o seguiam.
e) Ele foi rejeitado pelas autoridades romanas que se sentiram incomodadas com Ele = Herodes, o grande, o quis matar quando infante. Pilatos covardemente o entregou para ser crucificado. Herodes Antipas, o escarneceu quando Cristo não quis fazer nenhum milagre para satisfazer seus caprichos.
f) Ele foi rejeitado pelas autoridades judaicas = o sinédrio forjou testemunhas falsas para acusá-lo. Acusaram-no de blasfemo. Cuspiram-lhe no rosto e o levaram a Pilatos.
g) Ele foi rejeitado pelos apóstolos = que na sua agonia maior todos fugiram e o abandonaram, só João ficou até o fim.
h) Ele foi rejeitado por Judas = que o traiu e o vendeu por preço iníquo.
i) Ele foi rejeitado por Pedro = que o negou reincidentemente e covardemente, afirmando, jurando e praguejando que não o conhecia.
j) Ele foi rejeitado por Deus = quando se fez pecado, quando se fez maldição. Quando levou sobre si os nossos pecados. “Deus meu, Deus meu....”
k) Ele ainda tem sido rejeitado por todos aqueles que amam o pecado, que o levou à cruz.
1.2. Humilhação
- O Sinédrio o humilhou cuspindo nele,
- Os soldados o humilharam colocando na sua cabeça uma coroa de espinhos, dando-lhe pancadas na cabeça.
- Jesus foi humilhado ao ter que carregar uma cruz pelas ruas mais agitadas de Jerusalém em pleno dia de festa, sendo companheiro de dois ladrões, como se fosse um ladrão como eles.
- Ele foi humilhado pelos açoites, pela gritaria infernal de seus algozes, pelo escárnio da multidão tresloucada; foi humilhado quando o despiram na cruz e rasgaram suas vestes. “Ele foi humilhado até a morte e morte de cruz.”
- Ele foi humilhado quando clamou que estava com sede e lhe deram vinagre para aguçar-lhe a tortura, tentando aliviar um pouco as suas dores, mas o sacrifício que Jesus fez por mim e vc tinha que ser consciente.

2. O sofrimento físico
2.1. Semblante desfigurado - v.2
- Quando Jesus foi pregado na cruz toda maldade do nosso pecado estava sobre ele. Toda feiúra da nossa iniqüidade estava sobre ele. Toda mentira, todo crime horrendo, todo adultério desonroso, toda maldade vil, toda impureza nojenta estava caindo sobre ele. Seu rosto ficou transfigurado. Ele foi feito pecado. Ele foi feito maldição. Naquela hora não havia beleza nele. Ele estava carregando no seu corpo todos os nossos pecados, todas as nossas mazelas, toda a nossa sujeira e desgraça.
- Sua feiúra era a nossa feiúra nele. Suas feridas eram as nossas feridas nele. Suas chagas eram as nossas chagas nele. Sua morte era a nossa morte nele.
- Toda a tragédia do mundo estava sobre ele. Isso é tremendo!




2.2. Torturas desumanas - v. 4b,5,10
- Na noite em que foi preso, sua alma estava angustiada até à morte.
Sendo o libertador foi preso.
Sendo santo foi escarnecido como criminoso.
Sendo Deus louvado pelos querubins foi cuspido pelos homens.
Sendo o criador foi açoitado pela criatura.
- Agora, já devorado pelos chicotes, com seu rosto ensangüentado empreende a longa caminhada para o calvário. Sua fronte ferida pelos espinhos. Seu corpo febril lateja debaixo do suplício brutal. Começa a grande marcha para o monte do juízo. A maior marcha da história, não com a roda dos carros de guerra, nem com o estrupido febril dos cavalos, mas com o ruído dos passos de um homem, andando sob o seu próprio peso.
- Jesus marcha arrastando consigo todas as máscaras da humanidade. Marcha debaixo da zombaria da multidão. Caminha cambaleante sob o peso cruel do madeiro. Seu corpo ferido, surrado, ensangüentado titubeia, perde o equilíbrio e tomba esmagado pelo fardo. A multidão brada: o chicote! O chicote! O cortejo macabro prossegue, avança e Jesus debaixo de inflamadas chicotadas e escárnios chega ao topo do calvário.
- A tortura continua. Jesus é erguido naquele leito vertical da morte. Foram seis horas de vergonha e horror. Suas mãos puras e santas, mãos que curaram os cegos e aleijados, mãos que levantaram os mortos e abraçaram as crianças, agora são rasgadas pelos pregos malditos. Seus pés que sempre andaram para levar as boas novas de salvação, foram dilacerados pelos cravos da tortura.
- Ali sofreu dor, sede, vergonha, humilhação, abandono, a morte. Ali desceu ao inferno por nós e arrancou das mãos do diabo as chaves da morte e do inferno.
- Até o universo entrou em convulsão com as dores de Jesus e as trevas cobriram a terra em pleno meio dia e as pedras se arrebentaram de dor e rolaram para os vales.

- Isaías 53.5: "JESUS FOI FERIDO". Ferimentos, de acordo com a definição de um cirurgião, podem ser classificados por suas características:
1. Contusão = É uma ferida produzida por um instrumento grosso e cego. Esta ferida resultaria de um golpe com vara, como profetizado em Miquéias 5.1: "Ferirão com a vara a face ao juiz de Israel" e Mt 16.67: "O esbofetearam com varas" e Jo 18.22: "Um dos guardas deu uma bofetada em Jesus com uma vara.".
2. Laceração = É um ferimento produzido por um instrumento que rasga. A laceração dos tecidos era o resultado dos açoites e estes tinham-se tornado uma fina arte entre os romanos, quando o nosso Senhor foi submetido à tortura. O chicote romano era uma tira de couro com várias extremidades, cada uma com uma ponteira de metal ou de marfim, que, quando usado por um perito, o castigado bem poderia dizer: "Sobre o meu dorso lavraram os aradores; nele abriram longos sulcos" (Sl 129.3). Em Jo 19,1 lemos: "Então, por isso, Pilatos tomou a Jesus e mandou açoitá-lo". Suas costas além de laceradas, a cruz foi colocada e com ela ele foi até o lugar chamado Calvário.
3. Penetração = Trata-se de um ferimento profundo causado por um instrumento pontiagudo. Este ferimento foi causado pelos espinhos da coroa que colocaram sobre a sua cabeça. Os soldados pressionaram este diadema cruz em sua cabeça (Jo 19.2), ferimentos que se aprofundaram quando batiam em sua cabeça com o caniço (Mt 27.30).
4. Perfuração = Perfurar vem do latim e significa "Passar através de". Traspassaram-me as mãos e os pés" (Sl 22.16). Os cravos de ferro eram cravados entre os ossos, separando-os sem quebrá-los.
5. Incisão = É um corte produzido por um instrumento pontiagudo e cortante. "Um dos soldados lhe abriu o lado com uma lança e logo saiu sangue e água" (Jo 19.34). Esta ferida foi tão grande que Tomé poderia ter posto sua mão dentro dela. Que a contemplação desses ferimentos possa aprofundar o nosso amor por aquele que foi ferido pelas nossas iniqüidades.


II. POR QUE JESUS SOFREU?

1. Porque levou sobre si os nossos pecados - v. 5,6,8
- Quem matou Jesus não foram os açoites, nem os soldados, nem a cruz. Quem matou Jesus fomos nós. Foram os nossos pecados.
- Ali na cruz Ele foi moído pelos nossos pecados. Ali Ele foi torturado. Foi traspassado. Ali o peso dos nossos pecados caíram sobre Ele.
- Ali Ele bebeu o cálice amargo do juízo de Deus, da repulsa que Deus tem pelo pecado. Ali a espada da lei exigiu a sua morte porque Ele foi feito pecado por nós.
- Ali Ele sentiu o próprio desamparo de Deus: Ali Deus julgou o nosso pecado na carne do Seu Filho. Ali Deus condenou a nossa condenação no corpo do Seu Filho. Ali Deus derramou a sua ira que devia cair sobre nós, sobre o Seu Filho. Ali Deus satisfez sua justiça violada por nós, na morte do Seu Filho.
- Cristo morreu pelos nossos pecados. Foi substitutiva. Ele tomou o nosso lugar. Na cruz Ele foi abandonado e desamparado para que fôssemos aceitos. Ali Ele foi condenado pela lei para que fôssemos libertos da lei. Ali Ele bebeu o amargo fel para que pudéssemos beber a água da vida. Ali Ele morreu para que pudéssemos ter vida eterna

2. Porque tomou sobre si as nossas enfermidades - v. 4,5,20
- Jesus carregou não só nossos pecados sobre a cruz, mas também nossas doenças, nossas enfermidades. Ali no calvário Ele estava abrindo uma fonte de cura. Ali Ele ficou chagado, ferido, moído, enfermado para que hoje pudéssemos receber dele a cura. “Pelas suas pisaduras nós somos sarados.”
- As chagas dele eram as nossas chagas. As feridas dele eram as nossas feridas. A doença dele eram as nossas doenças.



III. A REAÇÃO DE JESUS AO SOFRIMENTO DA CRUZ

1. Sendo justo e puro foi para a cruz como Cordeiro sem abrir a boca - v. 7,9
- Como reagiu Jesus a todo esse sofrimento? Rebelou-se? Não! Ele sofreu como um cordeiro manso, paciente e silencioso. Quando o levaram a morte, ele não lutou, nem bradou por vingança ou por socorro.
- A ovelha não escoiceia os tosquiadores cujas mãos grosseiras a subjugam e a despem da lã. Assim foi Jesus: presa de violência, nem se defendeu, nem agrediu, sofreu em silêncio. Sofreu voluntariamente, sofreu por amor.

2. Intercedeu pelos seus algozes - v. 12
- Em vez de vingar-se, de falar chigamentos e despejar acusações contra seus torturadores, Jesus intercede por eles, ministrando-lhes seu amor e seu perdão.
- “Pai, perdoa-lhes porque não sabem o que fazem.”

IV. A RECOMPENSA DE JESUS - v. 11

- “Ele verá o fruto do seu penoso trabalho e ficará satisfeito.” (v. 11).
- Hb 12.2 “...o qual em troca da alegria que lhe estava proposta, suportou a cruz, não fazendo caso da ignomínia...”.
- A recompensa de Jesus é VOCÊ! É seu arrependimento. É sua volta para Ele. É sua conversão. Rejeitar Jesus é crucificá-lo de novo. É cuspir em seu rosto outra vez. É zombar e escarnecer dele. Recebê-lo, amá-lo é ministrar alegria a Ele. Cristo suportou tudo para conquistar você e o seu amor! Você é a recompensa de Jesus!

quinta-feira, 9 de abril de 2009

A vida de Pedro


Mensagem pregada na abertura do Congresso de Jovens DESENVOLIDER em 10/04/2009

a) Pedro e seu chamado

Os evangelhos (Mateus, Marcos, Lucas e João) traçam um perfil magnífico do apóstolo. Quando Jesus o chamou para o discipulado, Pedro era casado (Mt 8:14; 1Co 9:5) e vivia com a esposa e a sogra na cidade de Cafarnaum. Era irmão de André (outro discípulo), e ambos ganhavam a vida como pescadores.

A Bíblia apresenta o nome de Pedro 157 vezes. Na primeira menção, vemos o chamado de Cristo (Mt 4:18). Pedro foi o primeiro dos 12 a ser chamado. E ele respondeu imediatamente.

Reflexão: Como foi o seu chamado por Cristo? Você respondeu imediatamente? Qual foi o custo?

Os evangelhos apresentam um Pedro insensato:

1. Mt 14:22 – Pedro andou sobre as águas e depois afundou;
2. Mt 26:36 – Dormiu no Getsêmani enquanto deveria ter orado;
3. Mc 14:29 – Prometeu nunca se escandalizar, mas negou Jesus;
4. Jo 18:10,11 – Cortou a orelha de um servo do sumo-sacerdote (Malco) e atuou em outros episódios.

b) Pedro no círculo íntimo de Jesus

Pedro pertencia ao círculo íntimo de discípulos de Cristo com o qual Ele dividiu experiências, emoções e informações. Em várias ocasiões, o registro sagrado aponta para este grupo seleto:

1. A cura da filha de Jairo
2. O monte da transfiguração
3. O Getsêmani, etc.

A queda de Pedro foi gradual:

1. Confiou em si mesmo (Mc 14:31). Pedro caiu porque não conhecia a própria fraqueza. Julgava-se forte... Foi a confiança em si mesmo que o levou a cair.
2. Ele seguiu Jesus de longe (Lc 22:54). Infelizmente, suas palavras eram vazias. Quando chegou a hora da verdade, ele foi vencido. Muitos estão seguindo Jesus desta maneira. Veja o que diz Jesus: “Este povo honra-Me com os lábios, mas o seu coração está longe de Mim” (Mt 15:8).
3. Ele se misturou entre o povo (Lc 22:55; Jo 18:18). Pedro foi se aquecer perto de uma fogueira onde estavam alguns soldados e outras pessoas. O salmista diz: “Bem-aventurado o homem que não anda no conselho dos ímpios, não se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores” (Sl 1:1).

Reflexão: O que de fato aconteceu? Que evento foi o “divisor de águas” na experiência deste discípulo? Resposta: Foi o olhar de Jesus (Lc 22:61, 62).

Naquele olhar, Pedro leu o amor e a compaixão do Salvador, e uma torrente de recordações invadiu sua mente. ... Viu que estava fazendo exatamente aquilo que havia declarado que não faria .
Restauração de Pedro João 21. 9-23
A fogueira
A afirmação do amor de Pedro por Jesus tês vezes, curando as feridas das três negações.

Jesus apareceu várias vezes aos discípulos após Sua ressurreição. A terceira vez aparição ocorreu junto ao mar de Tiberíades. A mensagem de Jesus para Pedro foi clara: “apascenta as Minhas ovelhas”. Esta missão Pedro desempenhou em dois momentos: pessoalmente, em seu ministério, e por toda a história da igreja cristã, através de suas duas cartas.

Ao escrever estas cartas, Pedro obedeceu a duas ordens específicas dadas por Jesus.

1. Animar e fortalecer os irmãos (Lc 22:32).
2. Alimentar o rebanho de Deus (Jo 21:15-17).

As cartas de Pedro levam a seu destinatário a emoção profunda do conforto nos momentos difíceis. São marcadas com mensagens que emocionam, porque foram endereçadas a pessoas que experimentavam a realidade do sofrimento.

Ao analisarmos sua primeira carta, vemos que o apóstolo escreveu o que poderia se chamar de uma carta circular dirigida “aos expatriados da dispersão no Ponto, Galácia, Capadócia, Ásia e Bitínia”. Estas cinco regiões incluíam quase tudo o que hoje chamamos de Ásia Menor.

Pedro, como missionário enviado a eles (Gl 2:9), tinha um interesse especial nos judeus; mas não limitava suas saudações e instruções ao grupo minoritário dessas igrejas. Isso fica evidente pela declaração de que seus leitores em outro tempo não tinham sido “o povo de Deus”, e que eram idólatras convertidos (1Pe 2:10 ; 4:3-4). O apóstolo, que foi o primeiro a batizar gentios e defender sua condição de igualdade com os demais na igreja, sem dúvida considerava a todos os cristãos, tanto de origem judia como gentílica, como unidos em Cristo, e não fazia distinções ao se dirigir a eles. (Fonte: SDABC).

Ao escrever suas epístolas, Pedro tinha um propósito pastoral. Falou do perigo de perseguições e tempos de prova para a igreja. Pedro tentou fortalecer a fé de seus leitores, exortou-os a uma conduta exemplar, a testemunhar lealmente por Cristo e a se prepararem devidamente para o encontro com seu Senhor. E para ajudá-los a atingir estas metas, incluiu conselhos específicos para os criados (cap. 2:18), as esposas (cap. 3:1-6) os maridos (cap. 3:7), os anciões (cap. 5:1-4) e os membros mais jovens da igreja (cap. 5:5-9)

Através de toda a carta se vinculam um terno espírito com firme sentido de liderança, ambos santificados mediante um elevado conceito de Cristo.

Trajetória de Pedro em Atos dos Apóstolos
1:15 – Ele propôs a escolha de um novo apóstolo para o lugar de Judas;
2:14 – Ele pregou no Pentecostes e quase três mil se converteram;
3:1 – Curou um homem coxo havia mais de 40 anos;
4:8 – Cheio do Espírito Santo, deu testemunho diante do Sinédrio;
5:3 – Pronunciou a sentença de morte contra Ananias e Safira;
5:15 – Sua sombra curava os enfermos;
9:34 – Curou um paralítico chamado Enéias;
9:40 – Ressuscitou Dorcas;
10 – Converteu toda a casa de Cornélio;
12:7 – Um anjo o livrou da prisão, etc.

A PREGAÇÃO NO PODER DO ESPÍRITO SANTO – Atos 2: 14-47

1. Pedro tem uma pregação Cristocêntrica na sua essência
a) A morte de Cristo (v. 23) – A cruz não foi um acidente, mas parte do plano eterno de Deus. A cruz não foi uma derrota para Jesus, mas a sua exaltação. Foi na cruz que Jesus conquistou para nós redenção e desbaratou com o inferno. Cristo não foi para a cruz porque Judas o traiu, os judeus o entregaram, Pilatos o sentenciou e os soldados o pregaram. Eles foi à cruz pelo plano do Pai. Ele foi por amor.
b) A ressurreição de Cristo (v. 24,32) – Não adoramos um Cristo morto, mas o Jesus vitorioso sobre o pecado, a morte e o diabo.
c) A exaltação de Cristo (v. 33) – Jesus voltou ao céu triunfantemente e assentou-se no trono. Ele reina. Ele vai voltar.
d) O senhorio de Cristo (v. 36) – Jesus é o Senhor e diante dele deve se dobrar todo joelho. O ministério do Espírito Santo é o ministério de HOLOFOTE – exaltar Jesus.

2. Pedro tem uma pregação eficaz quanto ao seu propósito – 2:37
• A pregação de Pedro explodiu como dinamite no coração da multidão. Foi um sermão atingidor. Pedro não pregou para agradar nem para entreter. Ele foi direto ao ponto. Pôs o dedo na ferida. Não pregou diante do auditório, mas ao auditório. No verso 23 Pedro diz: “Vós o matastes, crucificando-o por mãos de iníquos”.
• A pregação precisa ser direta, confrontadora. Ela precisa gerar a agonia do arrependimento.


3. Pedro tem uma pregação clara em suas exigências v. 2:38
• Antes de falar de perdão, Pedro falou de culpa. Antes de falar de redenção, falou de pecado. Antes de falar de salvação, mostrou que eles estavam perdidos.
• Não há salvação sem arrependimento. Ninguém entra no céu sem antes saber que é um pecador. Pedro se dirigiu a um grupo extremamente religioso, mas que precisava se arrepender para ser salvo.
• Hoje, a pregação do arrependimento está desaparecendo dos púlpitos. Precisamos nos arrepender da nossa falta de arrependimento.

4. Pedro tem uma pregação específica quanto à promessa – v. 38
• Duas promessas são feitas ao arrependido: uma ligada ao passado e outra ao futuro: remissão de pecados e dom do Espírito Santo. Depois que somos salvos, então podemos ser cheios do Espírito. Primeiro o povo se volta para Deus de todo o coração, com choro, jejuns, rasgando o coração; depois o Espírito é derramado.
5. Pedro tem uma pregação vitoriosa quanto aos resultados – v. 41
• Quando há poder na pregação, vidas são salvas. A pregação de Pedro não apenas produziu conversões abundantes, mas também frutos permanentes.
• Eles não somente nasceram, mas também cresceram na graça de Jesus (At 2:42-47). Ao serem convertidas, elas foram batizadas. Integraram-se na igreja e perseveraram. Criaram raízes. Amadureceram. Fizeram outros discípulos e a igreja tornou-se irresistível.


A VIDA CHEIA DO ESPÍRITO SANTO – 2:42-47

1. Uma igreja cheia do Espírito Santo tem compromisso com a Palavra de Deus – v. 42
• Eles tinham prazer de estudar a Palavra. Eles tornaram-se crentes firmes nas Escrituras. Eles perseveravam na doutrina dos apóstolos.
2. Uma igreja cheia do Espírito tem prazer na vida de oração – v. 42
• Uma igreja cheia do Espírito ora com fervor e constância. É impossível ser uma pessoa cheia do Espírito e não ter vida de oração.
3. Uma igreja cheia do Espírito tem profunda comunhão – v. 42,44,45,46
• Uma igreja cheia do Espírito é um lugar onde os irmãos se amam profundamente. Eles gostavam de estar juntos (v. 44). Eles partilhavam seus bens (v. 45). Eles gostavam de estar na igreja (v. 46) e também nos lares (v. 46b). Havia um só coração e uma só alma.
4. Uma igreja cheia do Espírito que adora a Deus com entusiasmo – v. 47
• Uma igreja cheia do Espírito canta com fervor. Ela louva a Deus com entusiasmo. Ela louva a Deus de todo o coração e bane do seu meio toda murmuração.
5. Uma igreja cheia do Espírito teme a Deus e experimenta os seus milagres – v. 43
• Uma igreja cheia do Espírito é formada por um povo cheio de reverência. Ela tem compreensão da santidade de Deus. Ela se curva diante da majestade de Deus. Ela tem a agenda aberta para as soberanas intervenções de Deus. Ela crê nos milagres de Deus.
6. Uma igreja cheia do Espírito é uma igreja que tem a simpatia dos homens e a bênção do crescimento numérico por parte de Deus - v. 47
• Essa igreja é simpática, amável. Ela é sal e luz. Ela é perfume de Cristo. Ela é carta de Cristo. Ela é boca de Deus e monumento da graça de Deus no mundo.
• Essa igreja tem qualidade e também quantidade. Ela cresce para o alto e também para os lados. Ela tem vida e também números.

domingo, 5 de abril de 2009

Estamos preparando um estudo completo sobre o Catolicismo Romano, seja você tem algum dúvida ou sugestões mande para mim.
Continuação...

3- Até que todos cheguemos...
O povo de Deus ainda não alcançou a unidade da fé, alguns já entendem o que é viver debaixo da unidade da fé, isto não significa e nem propõem uma só denominação ou um só jeito de ter a liturgia feita, mas termos um só salvador e viver por ele. O Senhor não nos deu a fé em sua totalidade para não nos ensoberbecermos, para não dizermos que podemos viver sós. Ele repartiu a cada um para que cheguemos juntos, com todos os santos à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus. Nosso alvo deve ser igual a Cristo, ele é o modelo a ser seguido. Conhecer Jesus é muito mais do que simplesmente falar que o seguimos, Judas também seguia a Jesus e nem por isso tinha um conhecimento d’Ele pleno, ter este conhecimento é caminhar com Jesus dia após dia e querer conhecê-lo mais a cada momento. Temos que preparar o povo de Deus para que conheça o Senhor Jesus, não com o “evangeliques” mas, com a vida, com comunhão, vida de leitura bíblica, oração e piedade. Enquanto a Igreja de Jesus não tiver alcançado o pleno conhecimento de Deus, não podemos descansar.
4- O propósito de nossa missão.
O propósito do ensinamento nosso e para que o povo de Deus não seja como criança, levado de um lugar para o outro e serem envolvidos em todo tipo de vento de doutrina e muito menos serem ludibriados por homens que tem sede de poder e desejo de serem Deuses.

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Nossa Missão


"E ele designou alguns para apóstolos, outros para profetas, outros para profetas, outros para evangelistas, e outros para pastores e mestres, com o fim de preparar os santos para a obra do ministério, para que o corpo de Cristo seja edificado, até que todos alcancemos a unidade da fé e do conhecimento do Filho de Deus, e cheguemos à maturidade, atingindo a medida da plenitude de Cristo. O propósito é que não sejamos mais como crianças, levados de um lado para outro pelas ondas, nem jogados para cá e para lá por todo vento de doutrina e pela astucia e esperteza de homens que induzem ao erro."

Efésios 5.11-14.


Quando a Igreja nasceu, ela nasceu com base nos ensinamentos de Cristo e na doutrina dos apóstolos. Durante os primeiros séculos a igreja foi fiel aos preceitos de Cristo e aos seus ensinamentos, os apóstolos e os discípulos que vieram depois deles, tiveram o cuidado de manter e ensinar a sã doutrina de forma muito clara e honesta. Três séculos depois do nascimento de Jesus, a igreja entra por um caminho de desvirtuamento de seu início, mais precisamente no ano 304, quando os bispos começam a serem chamados de papa. Em 1517, no dia 31 de outubro o Monge Martinho Lutero, rompe com a Igreja Católica Romana e faz a Reforma Protestante. Desde o nascimento de Cristo a fé tem sido perseguida e muitos caíram, uns por falta de coragem e outros por terem sido influenciados pelos ensinamentos heréticos que alguns homens. Diante de tantas heresias que acometeram o cristianismo pelos séculos e diante da urgência que há de novos obreiros é que gostaria de compartilhar com vocês um pouco do texto de Efésios. Qual a missão dos chamados e qual o propósito de nossa missão na terra.

1-Quem nos designou, nomeou, indicou foi o próprio Cristo. (v 11) O ministério que nos foi entregue e nossa responsabilidade mas com o aval de Jesus, só se nomeia alguém em quem temos a plena confiança que vai levar a bom termo a missão que lhe é entregue. Quando Jesus esteve aqui na terra em corpo, ele caminhou com seus discípulos pregando o Reino de Deus, salvando pessoas, fazendo milagres e convivendo com os homens. a ordem de Jesus de pregarmos o Evangelho a toda criatura é mais do que atual, Deus confiou este ministério em nossas mãos. O chamado de Deus não é opcional, não somos nós que escolhemos, é Deus que nos escolhe para ministrarmos ao seu povo aqui na terra, este povo, esta igreja também é chamada de noiva de Cristo e com toda certeza Ele não confiaria Sua noiva para ser cuidada por qualquer um, por isso temos grande responsabilidade.

2- O propósito de nosso chamado (12 a).
Deus tem nos chamado a fim de preparar os santos para a obra do ministério. Capacitar à igreja de Jesus é responsabilidade nossa, pastores, ministros, obreiros, mestres, evangelistas e tantos outros títulos que existem. A obra de Deus tem urgência de homens e mulheres capazes que exercerem bem o chamado. Preparar os santos é muito mais que simplesmente ensinar teologia ou decorar textos da Bíblia e ensinar a recitá-los de memória, preparar os santos é ensiná-los viverem a Palavra de Deus com temor, é caminharem nos passos do mestre, é viverem piedosamente o Evangelho da Graça. Neste texto os componentes da igreja são chamados de santos, ser santo é ser separado por Deus. Deus nos tirou do império das trevas para sermos luz, cabe a nós líderes prepararmos os santos de Deus na terra.