Rev. Vasco Toledo
Pastor Presbiteriano, empresário, professor.
sábado, 9 de janeiro de 2010
ESPERANÇA NA CAMINHADA
Pastoral do domingo 10-01-10
Jesus após a sua ressurreição, apareceu a dois de seus discípulos. Esses homens estavam se dirigindo para o povoado de Emaús, que distava cerca de dez quilômetros de Jerusalém. Eles se achavam profundamente abalados pela frustração causada pela morte do Senhor. Parecia que esse fato destruíra todos os seus anseios e esperanças. Pelo seu aspecto, suas palavras e seu tom de voz, dava para perceber que se sentiam totalmente dominados pelo derrotismo.
Eles conheciam Jesus e o amavam. Entretanto, quando Jesus apareceu ao lado deles e se pôs a caminhar com eles, não o reconheceram. Será que o Senhor se disfarçou propositadamente, para que eles pudessem falar com toda liberdade e abrir o coração para ele? Ou será que foi aquele sentimento de derrotismo que impediu que o identificassem?
Quando nos achamos profundamente frustrados, Jesus se aproxima de nós de maneiras que nem sempre percebemos. Quando não temos mais esperanças, ele anda ao nosso lado. Ele vem para perto de nós quando nos sentimos distantes dele.
Jesus pede que lhe falemos das nossas tristezas e nos ouve com toda atenção quando desabafamos. Todos temos preocupações que precisamos apresentar ao Senhor hoje.
Jesus esclarece nossas dúvidas com a Palavra de Deus. Quando ficamos confusos, ele quer nos dar entendimento de tudo por meio da Bíblia.
Jesus aceita nosso convite para se aproximar mais e se envolver mais em nossa vida.
Jesus se revela a nós de formas que já conhecemos. Por fim, Jesus fez algo que eles já haviam presenciado diversas vezes. Ele pegou o pão, abençoou-o, partiu-o e o distribuiu. Também conosco deve ser assim.
Muitas vezes, ele faz para nós algo que não vemos, opera de modos que não entendemos. Será que estamos cientes da sua presença? O que nos impede de abrir o coração para ele? Será a sensação de que não merecemos nada? Será o peso da vergonha ou do desespero? Existem certas preocupações das quais podemos falar somente com ele.
Jesus esta no caminho conosco, não estamos só. Há esperança para oque esta triste e derrotado, Jesus quer cear conosco.
Com carinho,
Rev. Vasco Toledo
sábado, 2 de janeiro de 2010
ESTUDO DA ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL
Domingo, 3 de janeiro de 2010 AULA DA ESCOLA BIBLICA DOMINICAL
Texto base: ROMANOS 12.12
Alegrai-vos na esperança, sede paciente na tribulação, perseverai em oração.
O apostolo Paulo da vários conselhos para a Igreja de Roma, introduzindo um caráter autenticamente cristão na Igreja, neste texto ele fala sobre a Alegria na esperança, paciência e perseverança na oração.
I-ALEGRAI-VOS NA ESPERANÇA
Alegria significa, satisfação intensa, a alegria cristã independe de circunstância, mesmo na adversidade pode-se experimentar a alegria. Esperança é o período que esta em a promessa e o cumprimento dela.
• Porque temos que nos alegrar na esperança (certeza de se receber algo)?
• Porque aquilo que nós esperamos em Deus nos será dado, Hb.6.15
• Porque a esperança não nos deixa confuso, Rm.5.5.
• Porque o fundamento da esperança não é o futuro vazio, mas Deus é o seu fundamento, Sl.62.5.
II-SEDE PACIENTES NA TRIBULAÇÃO
Paciência é a qualidade daquele que é longo em irar-se, ou inquietar-se. Quando lemos essas palavras de Paulo nos perguntamos, mas para que eu devo ter paciência na tribulação (aflição, provação moral e adversidade), o próprio Paulo nos responde em Rm.5.1-5, segundo essa espera produzirá em nós:
• Experiência, conhecimento adquirido por prática, a tribulação nos ensina. Jó.42.5
• Jesus nosso modelo a ser seguido Hb 12.1-3
III-PERSEVERAI NA ORAÇÃO
Oração é uma adoração que inclui todas as atitudes da alma humana em sua aproximação de Deus.
Este é um outro conselho do apóstolo para nós, de permanecermos firme em atitude de oração, deste conselho podemos indagar o porque desta recomendação do apostolo Paulo:
• Porque nossa oração será respondida no tempo de Deus.
• Porque o Senhor nos dará não aquilo queremos, mas aquilo que necessitamos
• Porque temos de desenvolver a prática de falarmos com Deus em tempo e fora de tempo.
Rev: Vasco Toledo
Domingo, 3 de janeiro de 2010 AULA DA ESCOLA BIBLICA DOMINICAL
Texto base: ROMANOS 12.12
Alegrai-vos na esperança, sede paciente na tribulação, perseverai em oração.
O apostolo Paulo da vários conselhos para a Igreja de Roma, introduzindo um caráter autenticamente cristão na Igreja, neste texto ele fala sobre a Alegria na esperança, paciência e perseverança na oração.
I-ALEGRAI-VOS NA ESPERANÇA
Alegria significa, satisfação intensa, a alegria cristã independe de circunstância, mesmo na adversidade pode-se experimentar a alegria. Esperança é o período que esta em a promessa e o cumprimento dela.
• Porque temos que nos alegrar na esperança (certeza de se receber algo)?
• Porque aquilo que nós esperamos em Deus nos será dado, Hb.6.15
• Porque a esperança não nos deixa confuso, Rm.5.5.
• Porque o fundamento da esperança não é o futuro vazio, mas Deus é o seu fundamento, Sl.62.5.
II-SEDE PACIENTES NA TRIBULAÇÃO
Paciência é a qualidade daquele que é longo em irar-se, ou inquietar-se. Quando lemos essas palavras de Paulo nos perguntamos, mas para que eu devo ter paciência na tribulação (aflição, provação moral e adversidade), o próprio Paulo nos responde em Rm.5.1-5, segundo essa espera produzirá em nós:
• Experiência, conhecimento adquirido por prática, a tribulação nos ensina. Jó.42.5
• Jesus nosso modelo a ser seguido Hb 12.1-3
III-PERSEVERAI NA ORAÇÃO
Oração é uma adoração que inclui todas as atitudes da alma humana em sua aproximação de Deus.
Este é um outro conselho do apóstolo para nós, de permanecermos firme em atitude de oração, deste conselho podemos indagar o porque desta recomendação do apostolo Paulo:
• Porque nossa oração será respondida no tempo de Deus.
• Porque o Senhor nos dará não aquilo queremos, mas aquilo que necessitamos
• Porque temos de desenvolver a prática de falarmos com Deus em tempo e fora de tempo.
Rev: Vasco Toledo
quinta-feira, 31 de dezembro de 2009
Esperança
“Quero trazer à memória o que me pode dar esperança.” Lm 3.21
Jeremias quando escreve este texto, nos parece que ele acorda de um mundo de lamúrias. Se olharmos os versículos anteriores, deste capítulo, veremos que o profeta diz que ele é o homem que viu a aflição pela vara do furor de Deus. Em seu livro, o profeta Jeremias fala de uma nação que viria para invadir Judá e levar o povo cativo e que este cativeiro iria durar 70 anos, agora quando escreve o livro de Lamentações, ele lamenta sobre o fato ocorrido. Nabucodonosor havia invadido a nação, queimado as portas da cidade de Jerusalém, matado os velhos, destruído o templo levando os utensílios da casa do Senhor para servir nas festas pagãs, e fazendo escravos os jovens. Ele olha ao seu redor e só vê destruição, amargura e desespero, ao ponto de dizer que sua esperança havia perecido e a glória de Deus não mais conseguia ver (Lm 3.18).
Iniciamos o ano de 2010 e com ele muitos sonhos e esperanças. Jeremias deixa de se alimentar de suas dores e procura se refugiar nas misericórdias de Deus. Ele busca o que poderia lhe dar esperança em um cenário tão devastador e encontra quando percebe que as misericórdias de Deus não tem fim, que a sua porção é o Senhor, que prefere aguardar a salvação de Deus em silêncio, ou seja, sem murmurar, que o Senhor é bom para os que esperam por ele.
Esperança é o período que compreende entre a promessa e o cumprimento desta. Vivemos o momento da esperança, mesmo em meio às turbulências não podemos nos entregar e nos alimentar de derrotas, tristezas ou amargores devemos olhar para o alto e vermos o livramento do Senhor, crendo que Ele cuida de nós.
Com carinho,
Rev. Vasco Toledo
segunda-feira, 21 de setembro de 2009
Uma Nova Unção
Lucas 1.5-25
A Unção de Zacarias
Quem era Zacarias: Sacerdote, da ordem de Abias, sua mulher, Isabel, era da linhagem de Arão.
Qualidades de Zacarias e Isabel:
1 Justos perante Deus
2 Irrepreensíveis em TODOS, os mandamentos e preceitos do Senhor
Condições adversas a promessa:
1 Isabel era estéril
2 Eram avançados em idade. (Abraão e Sara) Velha aliança (Zacarias e Isabel) Nova Aliança. (João Batista é o precursor de Jesus.
1 Deus nos escolheu como sacerdotes para ministrarmos diante dele, nesta Igreja (Igreja Presbiteriana) (8)
1.1- Deus não tirou Zacarias do seu ministério (na ordem da sua turma)
1.2- Deus não mexeu no essencial do ministério sacerdotal (9)
(podemos negociar costumes, ritos, forma de louvor, liturgia de culto, porém, não há como negociar os princípios fundamentais da palavra de Deus. “Só graça, só a fé, só as escrituras”.
1.3- Existe uma multidão que espera pelo nosso ministério sacerdotal, ávidos por ouvir o que Deus nos tem falado. (10)
2 Deus nos dá uma nova visão (11)
2.1- Uma visão nova causa-nos temor (12)
2.2- Esta é fruto da oração que fazemos (13) Quantos de nós temos orado por um verdadeiro avivamento no meio da Igreja? Há quanto tempo ouvimos falar do que Deus tem para fazer no nosso meio.
2.3- Esta nova visão tem que trazer prazer e alegria e não divisão e confusão no meio da Igreja. (14)
3 As características desta visão de Deus para a Igreja na atualidade:
3.1- Será grande diante do Senhor (15)
3.2- Será cheia do Espírito Santo
3.3- Converterá a muitos (16 e 17)
4 Quais as conseqüências do esquecimento e descrença da visão que Deus nos dá:
4.1- Nossas limitações ficam maiores que o poder de Deus. (18)
4.2- Perdemos a autoridade da proclamação (20) Zacarias ficou mudo.
4.3- O povo fica sem palavra de Deus (21)
5 O que a misericórdia de Deus pode fazer por nós, mesmo quando não conseguimos crer nas promessas de Deus.
5.1- Deus mantêm sua promessa.(19)
5.2- Deus cumpre a sua promessa (24)
5.3- Deus faz com que você volte a ter voz profética (64)
5.4- traz temor sobre todos (65)
5.5- Conversão, mudança, arrependimento (66)
5.6- Deus nos faz cheio do Espírito Santo para o ministério profético (67)
A Unção de Zacarias
Quem era Zacarias: Sacerdote, da ordem de Abias, sua mulher, Isabel, era da linhagem de Arão.
Qualidades de Zacarias e Isabel:
1 Justos perante Deus
2 Irrepreensíveis em TODOS, os mandamentos e preceitos do Senhor
Condições adversas a promessa:
1 Isabel era estéril
2 Eram avançados em idade. (Abraão e Sara) Velha aliança (Zacarias e Isabel) Nova Aliança. (João Batista é o precursor de Jesus.
1 Deus nos escolheu como sacerdotes para ministrarmos diante dele, nesta Igreja (Igreja Presbiteriana) (8)
1.1- Deus não tirou Zacarias do seu ministério (na ordem da sua turma)
1.2- Deus não mexeu no essencial do ministério sacerdotal (9)
(podemos negociar costumes, ritos, forma de louvor, liturgia de culto, porém, não há como negociar os princípios fundamentais da palavra de Deus. “Só graça, só a fé, só as escrituras”.
1.3- Existe uma multidão que espera pelo nosso ministério sacerdotal, ávidos por ouvir o que Deus nos tem falado. (10)
2 Deus nos dá uma nova visão (11)
2.1- Uma visão nova causa-nos temor (12)
2.2- Esta é fruto da oração que fazemos (13) Quantos de nós temos orado por um verdadeiro avivamento no meio da Igreja? Há quanto tempo ouvimos falar do que Deus tem para fazer no nosso meio.
2.3- Esta nova visão tem que trazer prazer e alegria e não divisão e confusão no meio da Igreja. (14)
3 As características desta visão de Deus para a Igreja na atualidade:
3.1- Será grande diante do Senhor (15)
3.2- Será cheia do Espírito Santo
3.3- Converterá a muitos (16 e 17)
4 Quais as conseqüências do esquecimento e descrença da visão que Deus nos dá:
4.1- Nossas limitações ficam maiores que o poder de Deus. (18)
4.2- Perdemos a autoridade da proclamação (20) Zacarias ficou mudo.
4.3- O povo fica sem palavra de Deus (21)
5 O que a misericórdia de Deus pode fazer por nós, mesmo quando não conseguimos crer nas promessas de Deus.
5.1- Deus mantêm sua promessa.(19)
5.2- Deus cumpre a sua promessa (24)
5.3- Deus faz com que você volte a ter voz profética (64)
5.4- traz temor sobre todos (65)
5.5- Conversão, mudança, arrependimento (66)
5.6- Deus nos faz cheio do Espírito Santo para o ministério profético (67)
QUANDO TUDO PARECE PERDIDO
JOÃO 11
As crises são inevitáveis = Lázaro mesmo sendo amigo de Jesus, amado por Jesus, ficou doente.
As crises podem aumentar = Lázaro procurou todos os recursos, inclusive Jesus, mas chegou a morrer. Parece que tem hora que uma tempestade desaba sobre a nossa cabeça. Nosso lar é fuzilado com artilharia pesada. Perdas. Prejuízos. Acidentes. Luto. Oramos e nada acontece. Aliás, piora. Queremos alívio e a dor aumenta. Queremos subir, e afundamos ainda mais.
Este texto fala-nos de Jesus: sua amizade, onisciência, coragem, compaixão, ira e seu poder. Este é o retrato de Deus. Este é o nosso assunto.
I. UMA RECADO PARA JESUS - v. 3,5,11
“Senhor está enfermo aquele a quem amas.”(v. 3).
Marta e Maria nada pediram a Jesus. Só informaram. É impossível amar a um amigo e abandoná-lo. Concentram não no amor delas por Jesus, mas no amor de Jesus por Lázaro.
Elas sabiam que Jesus viria. Sabiam que Jesus as atenderia. Sabiam que bastava este recado para mover e remover Jesus. Bastava este recado para que Jesus mudasse toda a sua agenda e todo o seu calendário.
Isso era o lógico. O óbvio. O normal. O previsível. O natural.
II. A DEMORA DE JESUS - v. 6
Aos invés de cancelar seus programas e ir logo a Betânia, manda um recado para Marta e Maria que aquela enfermidade não era para a morte, e Lázaro morreu!
Como conciliar o amor com a demora? Marta e Maria introspectivaram-se. Fizeram cavernas na alma. Abriram um poço de questionamento.
A angústia das irmãs: Lázaro piorando...como harmonizar a Palavra de Jesus com as condições de Lázaro? Muitos certamente passaram a censurar a Jesus: Por que ele não veio? Falta de amor! Desinteresse! Descuido!
Muitas vezes Deus parece demorar:
a) Prometeu um filho a Abraão e Sara = Só depois de 25 anos cumpriu a promessa.
b) A tempestade no mar = Só na quarta vigília da noite Jesus vem.
c) Jairo vai pedir a Jesus = Vai para curar sua filha e se atrasa na viagem. Quando chega a jovem já estava morta.
Marta entra em angústia com a situação. Sua fé vacila. Passa por três provas:
d) Ausência de Jesus = Todos podiam ter faltado, menos Jesus. “Senhor, se estiveras aqui, meu irmão não teria morrido.”
e) A demora de Jesus = Jesus não teve pressa. Adiou a viagem.
f) A morte de Lázaro = Agora não adianta mais. Agora é tarde. Agora não tem mais jeito.
Marta crê que JESUS PODERIA TER SIDO v. 21 = PASSADO
Marta Crê que JESUS SERIA - v. 24 = FUTURO
Marta não crê no Jesus que age AGORA = PRESENTE. Então Jesus lhe diz EU SOU - v. 25
Marta vacila entre a FÉ e a LÓGICA: “Eu sei...” (V. 22,24)
Talvez essa é a sua angústia = Você tem orado pelo seu casamento e o vê mais perto da dissolução. Você tem orado pelo seu cônjuge e o vê mais insensível. Você tem orado pelos seus filhos e eles continuam mais distantes de Deus. Você tem orado pelo seu emprego e ele ainda não surgiu. Você tem orado por um namorado(a) crente e ele(a) não aparece. Você tem orado pela sua igreja e ainda há corações duros como uma pedra que resistem ao Senhor.
III. A MOTIVAÇÃO DE JESUS - v. 4
Jesus não tem pressa. Ele não chega atrasado. Ele não falha. Ele não é colhido de surpresa. Ele conhece o fim desde o princípio, o amanhã desde o ontem. Ele enxerga o futuro desde o passado. Por isso, demorou mais dois dias, porque sabia o que ia fazer!
Os olhos daquele que vira Adão escondido no Éden; os olhos daquele que vira a intenção dos construtores de Babel. Os olhos daquele que sonda os corações estava atento ao seu amigo Lázaro. Nada escapa ao seu controle. Aquele enfermidade era para a glória de Deus. Ressuscitar um morto é algo mais estupendo do que curar um enfermo. Ressuscitar um morto de quatro dias é mais extraordinário do que ressuscitar um que acabou de morrer. Os discípulos creriam. Marta e Maria seriam consoladas.
IV. A CORAGEM DE JESUS - v.
No Evangelho de João Jesus manifestou-se sete vezes como o EU SOU:
a) EU SOU O PÃO DA VIDA (6.15) = Mas os homens não tinham apetite espiritual.
b) EU SOU A PORTA (10.9) = Mas os homens não quiseram entrar por Ele para terem salvação, provisão e libertação.
c) EU SOU O BOM PASTOR (10.11) = Mas os homens não quiseram ouvir a sua voz.
d) EU SOU A LUZ DO MUNDO (8.12) = Mas os homens amaram mais as trevas do que a luz.
e) EU SOU A VIDEIRA (15.5) = Mas os homens não eram galhos da videira.
f) EU SOU A RESSURREIÇÃO E A VIDA = Mas os homens planejaram a sua morte e o levam à cruz.
g) EU SOU O CAMINHO = Mas homens ainda teimam em andar por atalhos e se perderem.
V. O CHORO DE JESUS - v.
Jesus é o Deus que sofre conosco. Que chora pela nossa dor. Ele é o Deus que vê, que ouve, que sente e que intervém.
Jesus sabe o que é a dor do sem teto = pois ele não tinha onde reclinar a cabeça.
Jesus sabe o que é dor da pobreza. Ele conhecia a linguagem dolorida do salário mínimo.
Jesus sabe o que é a dor da solidão = Nas horas mais difíceis ele estava só. No Getsêmani foi deixado só. Para a cruz foi só. Todos o deixaram.
Jesus sabe o que é a dor da perseguição = Perseguido pelo diabo, pelo sanguinário Herodes, pelos fariseus e pelos escribas.
Jesus sabe o que é a dor da traição = Traído pela multidão que o aplaudiu. Traído por Judas, seu amigo. Negado por Pedro, seu apóstolo.
Jesus sabe o que é a dor da humilhação = Preso, espancado, cuspido, rasgado, pregado na cruz debaixo de zombaria.
Jesus sabe o que é a dor da enfermidade = Ele tomou sobre si nossas enfermidades e nossas dores.
Jesus sabe o que é a dor da morte = Ele mergulhou a sua alma na morte para matar a morte com a sua morte e tirar o aguilhão da morte com a sua ressurreição.
Jesus solidarizou-se com a sua dor. Ele sofre com você. Ele chora com você. Ele tem compaixão de você. Descem lágrimas dos olhos de Deus. Ele se sensibiliza com os nossos sofrimentos e traumas. É um Deus apaixonado.
VI. A AÇÃO ONIPOTENTE DE JESUS - v. 39-44
A palavra impossível não tem no dicionário de Jesus. Ele é o Senhor das causas perdidas.
Lázaro já está morto há quatro dias: MORTO = sem vida; GELADO = sem calor; SEPULTADO = preso entre quatro paredes; JÁ CHEIRA MAL = decomposição; ATADO = preso e imobilizado.
Marta vacila na fé. Agora não adianta mais. Já cheira mal. É caso perdido.
SE CRERES VERÁS A GLÓRIA DE DEUS = Crer para ver e não ver para crer.
A onipotência divina não anula a responsabilidade humana = TIRAI A PEDRA (V. 39) + DESATAI-O E DEIXAI-O IR (v. 44). Deus fez o impossível, mas o homem deve fazer o possível.
A ordem para a morte: “LÁZARO, VEM PARA FORA!” = A morte lhe obedece. Os mortos ouvem a sua voz. Jesus é especialista em causas perdidas. Qual é a sua causa perdida? Conversão familiares? Restauração do casamento? Cura de uma enfermidade? Um novo emprego? Uma igreja mais santa, amorosa e dinâmica?
CONCLUSÃO
Os resultados da intervenção de Jesus na ressurreição de Lázaro tiveram duas reações:
1) Muitos judeus creram nEle (v. 45).
2) Outros o rejeitaram (v. 46). Qual é a sua reação, qual é a sua decisão?
3)Trouxe alegria e vida a família de Lazaro.
4)Uniu a família que havia dividida pela morte.
JOÃO 11
As crises são inevitáveis = Lázaro mesmo sendo amigo de Jesus, amado por Jesus, ficou doente.
As crises podem aumentar = Lázaro procurou todos os recursos, inclusive Jesus, mas chegou a morrer. Parece que tem hora que uma tempestade desaba sobre a nossa cabeça. Nosso lar é fuzilado com artilharia pesada. Perdas. Prejuízos. Acidentes. Luto. Oramos e nada acontece. Aliás, piora. Queremos alívio e a dor aumenta. Queremos subir, e afundamos ainda mais.
Este texto fala-nos de Jesus: sua amizade, onisciência, coragem, compaixão, ira e seu poder. Este é o retrato de Deus. Este é o nosso assunto.
I. UMA RECADO PARA JESUS - v. 3,5,11
“Senhor está enfermo aquele a quem amas.”(v. 3).
Marta e Maria nada pediram a Jesus. Só informaram. É impossível amar a um amigo e abandoná-lo. Concentram não no amor delas por Jesus, mas no amor de Jesus por Lázaro.
Elas sabiam que Jesus viria. Sabiam que Jesus as atenderia. Sabiam que bastava este recado para mover e remover Jesus. Bastava este recado para que Jesus mudasse toda a sua agenda e todo o seu calendário.
Isso era o lógico. O óbvio. O normal. O previsível. O natural.
II. A DEMORA DE JESUS - v. 6
Aos invés de cancelar seus programas e ir logo a Betânia, manda um recado para Marta e Maria que aquela enfermidade não era para a morte, e Lázaro morreu!
Como conciliar o amor com a demora? Marta e Maria introspectivaram-se. Fizeram cavernas na alma. Abriram um poço de questionamento.
A angústia das irmãs: Lázaro piorando...como harmonizar a Palavra de Jesus com as condições de Lázaro? Muitos certamente passaram a censurar a Jesus: Por que ele não veio? Falta de amor! Desinteresse! Descuido!
Muitas vezes Deus parece demorar:
a) Prometeu um filho a Abraão e Sara = Só depois de 25 anos cumpriu a promessa.
b) A tempestade no mar = Só na quarta vigília da noite Jesus vem.
c) Jairo vai pedir a Jesus = Vai para curar sua filha e se atrasa na viagem. Quando chega a jovem já estava morta.
Marta entra em angústia com a situação. Sua fé vacila. Passa por três provas:
d) Ausência de Jesus = Todos podiam ter faltado, menos Jesus. “Senhor, se estiveras aqui, meu irmão não teria morrido.”
e) A demora de Jesus = Jesus não teve pressa. Adiou a viagem.
f) A morte de Lázaro = Agora não adianta mais. Agora é tarde. Agora não tem mais jeito.
Marta crê que JESUS PODERIA TER SIDO v. 21 = PASSADO
Marta Crê que JESUS SERIA - v. 24 = FUTURO
Marta não crê no Jesus que age AGORA = PRESENTE. Então Jesus lhe diz EU SOU - v. 25
Marta vacila entre a FÉ e a LÓGICA: “Eu sei...” (V. 22,24)
Talvez essa é a sua angústia = Você tem orado pelo seu casamento e o vê mais perto da dissolução. Você tem orado pelo seu cônjuge e o vê mais insensível. Você tem orado pelos seus filhos e eles continuam mais distantes de Deus. Você tem orado pelo seu emprego e ele ainda não surgiu. Você tem orado por um namorado(a) crente e ele(a) não aparece. Você tem orado pela sua igreja e ainda há corações duros como uma pedra que resistem ao Senhor.
III. A MOTIVAÇÃO DE JESUS - v. 4
Jesus não tem pressa. Ele não chega atrasado. Ele não falha. Ele não é colhido de surpresa. Ele conhece o fim desde o princípio, o amanhã desde o ontem. Ele enxerga o futuro desde o passado. Por isso, demorou mais dois dias, porque sabia o que ia fazer!
Os olhos daquele que vira Adão escondido no Éden; os olhos daquele que vira a intenção dos construtores de Babel. Os olhos daquele que sonda os corações estava atento ao seu amigo Lázaro. Nada escapa ao seu controle. Aquele enfermidade era para a glória de Deus. Ressuscitar um morto é algo mais estupendo do que curar um enfermo. Ressuscitar um morto de quatro dias é mais extraordinário do que ressuscitar um que acabou de morrer. Os discípulos creriam. Marta e Maria seriam consoladas.
IV. A CORAGEM DE JESUS - v.
No Evangelho de João Jesus manifestou-se sete vezes como o EU SOU:
a) EU SOU O PÃO DA VIDA (6.15) = Mas os homens não tinham apetite espiritual.
b) EU SOU A PORTA (10.9) = Mas os homens não quiseram entrar por Ele para terem salvação, provisão e libertação.
c) EU SOU O BOM PASTOR (10.11) = Mas os homens não quiseram ouvir a sua voz.
d) EU SOU A LUZ DO MUNDO (8.12) = Mas os homens amaram mais as trevas do que a luz.
e) EU SOU A VIDEIRA (15.5) = Mas os homens não eram galhos da videira.
f) EU SOU A RESSURREIÇÃO E A VIDA = Mas os homens planejaram a sua morte e o levam à cruz.
g) EU SOU O CAMINHO = Mas homens ainda teimam em andar por atalhos e se perderem.
V. O CHORO DE JESUS - v.
Jesus é o Deus que sofre conosco. Que chora pela nossa dor. Ele é o Deus que vê, que ouve, que sente e que intervém.
Jesus sabe o que é a dor do sem teto = pois ele não tinha onde reclinar a cabeça.
Jesus sabe o que é dor da pobreza. Ele conhecia a linguagem dolorida do salário mínimo.
Jesus sabe o que é a dor da solidão = Nas horas mais difíceis ele estava só. No Getsêmani foi deixado só. Para a cruz foi só. Todos o deixaram.
Jesus sabe o que é a dor da perseguição = Perseguido pelo diabo, pelo sanguinário Herodes, pelos fariseus e pelos escribas.
Jesus sabe o que é a dor da traição = Traído pela multidão que o aplaudiu. Traído por Judas, seu amigo. Negado por Pedro, seu apóstolo.
Jesus sabe o que é a dor da humilhação = Preso, espancado, cuspido, rasgado, pregado na cruz debaixo de zombaria.
Jesus sabe o que é a dor da enfermidade = Ele tomou sobre si nossas enfermidades e nossas dores.
Jesus sabe o que é a dor da morte = Ele mergulhou a sua alma na morte para matar a morte com a sua morte e tirar o aguilhão da morte com a sua ressurreição.
Jesus solidarizou-se com a sua dor. Ele sofre com você. Ele chora com você. Ele tem compaixão de você. Descem lágrimas dos olhos de Deus. Ele se sensibiliza com os nossos sofrimentos e traumas. É um Deus apaixonado.
VI. A AÇÃO ONIPOTENTE DE JESUS - v. 39-44
A palavra impossível não tem no dicionário de Jesus. Ele é o Senhor das causas perdidas.
Lázaro já está morto há quatro dias: MORTO = sem vida; GELADO = sem calor; SEPULTADO = preso entre quatro paredes; JÁ CHEIRA MAL = decomposição; ATADO = preso e imobilizado.
Marta vacila na fé. Agora não adianta mais. Já cheira mal. É caso perdido.
SE CRERES VERÁS A GLÓRIA DE DEUS = Crer para ver e não ver para crer.
A onipotência divina não anula a responsabilidade humana = TIRAI A PEDRA (V. 39) + DESATAI-O E DEIXAI-O IR (v. 44). Deus fez o impossível, mas o homem deve fazer o possível.
A ordem para a morte: “LÁZARO, VEM PARA FORA!” = A morte lhe obedece. Os mortos ouvem a sua voz. Jesus é especialista em causas perdidas. Qual é a sua causa perdida? Conversão familiares? Restauração do casamento? Cura de uma enfermidade? Um novo emprego? Uma igreja mais santa, amorosa e dinâmica?
CONCLUSÃO
Os resultados da intervenção de Jesus na ressurreição de Lázaro tiveram duas reações:
1) Muitos judeus creram nEle (v. 45).
2) Outros o rejeitaram (v. 46). Qual é a sua reação, qual é a sua decisão?
3)Trouxe alegria e vida a família de Lazaro.
4)Uniu a família que havia dividida pela morte.
UMA TRAJETÓRIA DAS TREVAS PARA A LUZ
Marcos 10
INTRODUÇÃO
1. As aparentes contradições do texto
A cura do cego Bartimeu está registrada nos três evangelhos sinóticos. Porém, existem nuances diferentes nos registros. Mateus fala de dois cegos e não apenas de um (Mt 20.30) e Lucas fala que Jesus estava entrando em Jericó (Lc 18.35-43) e não saindo de Jericó como nos informa Marcos (10.46). Como entender essas aparentes contradições?
Em primeiro lugar, nem Marcos nem Lucas afirmam que havia apenas um cego. Eles destacam Bartimeu, talvez, por ser o mais conhecido e aquele que se destacava em seu clamor. William Hendriksen diz que não há nenhuma contradição nos relatos, porque nem Marcos nem Lucas nos contam que Jesus restaurou a visão de somente um cego. Entretanto, não sabemos porque Marcos escreveu a respeito de Bartimeu e não disse nada em relação ao outro cego.[1]
Em segundo lugar, havia duas cidades de Jericó. No primeiro século havia duas Jericós: a velha Jericó, quase toda em ruínas, e a nova Jericó, cidade bonita, construída por Herodes, logo ao sul da cidade velha. A cidade antiga estava em ruínas, mas Herodes, o grande havia levantado essa nova Jericó, onde ficava seu palácio de inverno, uma bela cidade ornada de palmeiras, jardins floridos, teatro, anfiteatro, residências e piscinas para banhos.[2] Aparentemente, o milagre aconteceu na divisa entre a cidade nova e a velha, enquanto Jesus saía de uma e entrava na outra.[3]
2. A última oportunidade
A cidade de Jericó além de ser um posto de fronteira e alfândega (Lc 19.2), também era a última oportunidade de abastecimento de provisões e local de reuniões, em que grupos pequenos se organizavam para a viagem em conjunto. Desta forma protegidos contra os salteadores de estrada (Lc 10.30), os peregrinos partiam deste último oásis no vale do Jordão para o último trecho de uns vinte e cinco quilômetros, uma subida íngreme de perto de mil metros, através do deserto acidentado da Judéia até a cidade do templo.[4]
Jesus estava indo para Jerusalém. Ele marchava resolutamente para o calvário. Era a festa da páscoa. Naquela mesma semana Jesus seria preso, julgado, condenado e pregado na cruz. Era a última vez que Jesus passaria por Jericó. Aquela era a última oportunidade de Bartimeu. Se ele não buscasse a Jesus, ficaria para sempre cativo de sua cegueira.
A oportunidade tem asas, se não a agarrarmos quando ela passa por nós, podemos perdê-la para sempre. Nunca saberemos se a oportunidade que estamos tendo agora será a última da nossa vida.
3. A grande multidão
Por que a numerosa multidão está seguindo Jesus de Jericó rumo a Jerusalém? Aquele era o tempo da festa da Páscoa, a mais importante festa judaica. A Lei estabelecia que todo varão maior de doze anos que vivesse dentro de um raio de vinte e cinco quilômetros estava obrigado a assistir a festa da Páscoa. Obviamente nem todos podiam fazer essa viagem. Esses, então, ficavam à beira do caminho desejando boa viagem aos peregrinos. Por essa razão, Jericó que, ficava a vinte e cinco quilômetros de Jerusalém tinha suas ruas apinhadas de gente. Além do mais, o templo tinha cerca de vinte mil sacerdotes e levitas distribuídos em vinte e seis turnos. Muitos deles moravam em Jerusalém, mas na festa da Páscoa todos deviam ir a Jerusalém. Certamente muitas pessoas deviam estar acompanhando atentamente a Jesus, impressionadas pelos seus ensinos; outras, curiosas acerca desse rabino que desafiava os grandes líderes religiosos da nação. Era no meio dessa multidão mista que Bartimeu se encontrava.[5]
I. SUA CONDIÇÃO ANTES DE CRISTO
1. Bartimeu vivia numa cidade condenada (10.46)
Jericó foi a maior fortaleza derrubada por Josué e seu exército na conquista da terra prometida (Js 6.20,21). Josué fez o povo jurar e dizer: “Maldito diante do Senhor seja o homem que se levantar e reedificar esta cidade de Jericó; com a perda do seu primogênito lhe porá os fundamentos e, à custa do mais novo, as portas” (Js 6.26). Jericó tinha cinco características que faziam dela uma cidade peculiar:
Em primeiro lugar, Jericó era uma cidade sob maldição. Herodes, o grande reconstruiu a cidade e a adornou, mas isso não fez dela uma bem-aventurada.
Em segundo lugar, Jericó era uma cidade encantadora. Era chamada a cidade das palmeiras e dos sicômoros. Quando a brisa batia na copa das árvores, as palmeiras esvoaçavam suas cabeleiras, espalhando sua fragrância e encanto.
Em terceiro lugar, Jericó era uma cidade dos prazeres. Ali estava o palácio de inverno do rei Herodes. Ali ficavam as fontes termais. Ali milhares de sacerdotes que trabalhavam no templo de Jerusalém moravam. Jericó era a cidade da diversão.
Em quarto lugar, Jericó era uma cidade que ficava no lugar mais baixo do planeta. A região onde está situada a cidade de Jericó é o lugar mais baixo do planeta, há quatrocentos metros abaixo do nível do mar. É a maior depressão da terra.
Em quinto lugar, Jericó era uma cidade às margens do Mar Morto. O Mar Morto é um lago de sal. Nele não existe vida. Trinta e três por cento da água desse mar é sal. Nada floresce às margens desse grande lago de sal.
2. Bartimeu era cego e mendigo (10.46)
Faltava-lhe luz nos olhos e dinheiro no bolso. Estava entregue às trevas e à miséria. Vivia a esmolar à beira da estrada, dependendo totalmente da benevolência dos outros. Um cego não sabe para onde vai, um mendigo não tem aonde ir.
Não há nenhuma cura de cego no Antigo Testamento; os judeus acreditavam que tal milagre era um sinal de que a era messiânica havia chegado (Is 29.18; 35.5).[6]
3. Bartimeu não tinha nome (10.46)
Bartimeu em aramaica significa filho de Timeu.[7] Bartimeu não é nome próprio, significa apenas filho de Timeu. Adolf Pohl diz que deste cego conhecia-se somente o nome do pai, que foi explicado para os desinformados.[8] Este homem não era cego e mendigo, mas estava também com sua auto-estima achatada. Não tinha saúde, nem dinheiro, nem valor próprio. Certamente carregava não apenas sua capa, mas também seus complexos, seus traumas, suas feridas abertas.
4. Bartimeu estava à margem do caminho (10.46)
A multidão ia para a festa da Páscoa, mas ele não podia. A multidão celebra e cantava, ele só podia clamar por misericórdia. Ele vivia à margem da vida, da paz, da felicidade.
II. SUA DECISÃO POR CRISTO
1. Bartimeu buscou a Jesus na hora certa (10.47)
Aquela era a última vez que Jesus passaria por Jericó. Era a última vez que Jesus subiria a Jerusalém. Aquela era a última oportunidade daquele homem. Não há nada mais perigoso do que desperdiçar uma oportunidade. As oportunidades vêm e vão. Se não as agarrarmos, elas se perderão para sempre.
2. Bartimeu buscou a pessoa certa (10.47)
Com sua cegueira, Bartimeu enxergou mais do que os sacerdotes, escribas e fariseus. Estes tinham olhos, mas não discernimento. Bartimeu era cego, mas enxergava com os olhos da alma.
Bartimeu chamou Jesus de “Filho de Davi”, seu título messiânico. Jesus é chamado “Filho de Davi” somente aqui em Marcos.[9] O fato deste cego mendigo chamar Jesus de “Filho de Davi” revela que ele reconhecia Jesus como o Messias, enquanto muitos que haviam testemunhado os milagres de Jesus estavam cegos a respeito da sua identidade, recusando-se a abrir seus olhos para a verdade.[10]
Bartimeu chamou Jesus de Mestre. A palavra rabboni também é traduzida por Senhor. A única pessoa nos evangelhos que usou esta palavra foi Maria (Jo 20.16). Bartimeu tinha usado duas vezes o título messiânico de Jesus, mas rabboni era uma expressão de fé pessoal.[11]
Ele compreendia que Jesus tinha poder e autoridade para dar-lhe visão. Este filho o último milagre de cura registrado pelo evangelista Marcos. Nele Jesus demonstra seu amor, misericórdia e graça.
3. Bartimeu buscou a Jesus com perseverança (10.48)
Bartimeu revelou uma insubornável persistência. Nada nem ninguém pode deter o seu clamor, sua exigência de ser levado frente a Jesus. Estava determinado a dialogar com a única pessoa que podia ajudá-lo. Seu desejo de estar com Cristo não vago, geral nem nebuloso. Era uma vontade determinada e desesperada.[12]
A multidão tentou abafar sua voz, mas ele clamava ainda mais alto: “Filho de Davi, tem compaixão de mim”. A multidão foi obstáculo para Zaqueu ver a Jesus e estava sendo obstáculo para Bartimeu falar a Jesus. Nem sempre a voz do povo é a voz de Deus, e, geralmente, não é. Aqueles que tentam silenciar a voz do mendigo faziam-no pensando que Jesus estava ocupado demais para preocupar-se em dar atenção a um indigente.[13] William Hendriksen sugere algumas razões que levaram as pessoas a tentar calar a voz de Bartimeu: Primeiro, as pessoas estavam com pressa de chegar a Jerusalém; segundo, elas concluíram que aqueles gritos não condiziam com a dignidade de Cristo; terceiro, elas não estavam prontas ainda para ouvirem uma proclamação pública de Cristo como sendo “Filho de Davi”; quarto, elas sabiam que os seus líderes religiosos não gostariam nem um pouco disso.[14]
Bartimeu não se intimidou nem desistiu de clamar pelo nome de Jesus diante da repreensão da multidão. Ele tinha pressa e tinha determinação. Ele sabia da sua necessidade e sabia que Jesus era o único que poderia libertá-lo de sua cegueira e dos seus pecados.
4. Bartimeu buscou a Jesus com humildade (10.47,48)
Bartimeu sabe que não merece favor algum, e apela apenas para a misericórdia de Deus. Ele não pede justiça, mas misericórdia. Ele não reivindica direitos, mas pede compaixão.
5. Bartimeu buscou a Jesus com desprendimento (10.50)
Logo que Jesus mandou chamá-lo, ele lançou de si a capa e num salto foi ter com Jesus. Há muitos que escutam o chamado de Jesus, mas dizem: “Espera até que o que estou fazendo”, ou “já vou, depois que terminar isso ou aquilo”. Bartimeu demonstrou pressa. Há duas coisas dignas de nota aqui:
Em primeiro lugar, Bartimeu desfez-se da única coisa preciosa que possuía. Sua capa era sua roupa, sua proteção, sua cama. Era tudo o que ele possuía para protegê-lo da poeira do deserto durante o dia e o de seu frio gélido à noite. Mas, ele desfez-se de imediato de tudo que o poderia se constituir obstáculo. Para Bartimeu o encontro com Cristo era a coisa mais importante da sua vida. Estava pronto a abrir de tudo para encontrar-se com o Messias.
Em segundo lugar, Bartimeu transcendeu a psicologia dos cegos. Ele levantou-se de um salvo para ir a Jesus. Os cegos não pulam, elas apalpam. Kierkegaard, o pai do existencialismo moderno, disse que fé é um salto no escuro, mas para Bartimeu, fé é um salto nos braços de Jesus. Champlin diz que Bartimeu deu um salto com a alma, e não apenas com as pernas. Esse salto fala da prontidão com que devemos correr para Jesus.[15]
6. Bartimeu buscou a Jesus com objetividade (10.51)
Bartimeu sabia exatamente o que necessitava. Jesus perguntou para Tiago e João, “o que quereis que vos faça?” Perguntou para o paralítico: “Queres ser curado?”. Quando Bartimeu chegou à presença de Jesus, ele lhe fez uma pergunta pessoal: “Que queres que eu te faça?”. Ele podia pedir uma esmola, uma ajuda, mas ele foi direto ao ponto principal: “Mestre, que eu torne a ver”.
III. SUA NOVA VIDA EM CRISTO
1. Bartimeu foi salvo por Cristo (10.52)
Aquela era uma caminhada decisiva para Jesus. Ele tinha pressa e determinação. A cidade de Samaria não conseguiu detê-lo. Mas, o clamor de um mendigo o fez parar. Nesse mundo onde tudo se move, o Filho de Davi pára para ouvir o seu clamor. Ele pára para atender-lhe a voz.
Jesus disse para Bartimeu: “Vai, a tua fé te salvou”. Bartimeu creu não por causa da clareza da sua visão, mas como uma resposta ao que ele ouviu.[16] Jesus diagnosticou uma doença mais grave e mais urgente do que a cegueira. Não apenas seus olhos estavam em trevas, mas também a sua alma. Ele foi buscar a cura para seus olhos, e encontrou a salvação da sua alma. William Hendriksen diz que pelo fato de a fé ser, em si mesma, um dom de Deus, é surpreendente que Jesus, em várias ocasiões, louve o recipiente do dom por exercitá-la.[17]
John Charles Ryle diz que Bartimeu era cego no corpo, mas não em sua alma. Os olhos do seu entendimento estavam abertos. Ele viu coisas que Anás, Caifás e as hostes de mestres em Israel não viram. Ele viu que Jesus era o Messias esperado, o todo poderoso Deus.[18] Você tem os olhos da sua alma abertos (1 Pe 1.8)?
2. Bartimeu foi curado por Cristo (10.52)
Jesus não apenas perdoa pecados e salva a alma, mas também cura e redime o corpo. Bartimeu teve seus olhos abertos. Ele saiu de uma cegueira completa para uma visão completa. Num momento, cegueira total. No seguinte, visão intacta.[19] A cura foi total, imediata e definitiva.
3. Bartimeu foi guiado por Cristo (10.52)
Bartimeu “seguia a Jesus estrada a fora”. Bartimeu demonstra gratidão e provas de conversão. Ele não queria apenas a bênção, mas, sobretudo, o abençoador. Ele seguiu a Jesus para onde? Para Atenas, a capital da filosofia? Para Roma, a capital do poder político? Não, ele seguiu a Jesus para Jerusalém, a cidade onde Jesus chorou, onde Jesus suou sangue, onde Jesus foi preso, sentenciado, condenado e pregado na cruz. Ele seguiu não uma estrada atapetada, mas um caminho juncado de espinhos. Não o caminho da glória, mas o caminho da cruz. Bartimeu trilhou o caminho do discipulado.
CONCLUSÃO
Jesus passou por Jericó. Ele está passando hoje também pela nossa vida, cruzando as avenidas da nossa existência. Temos duas opções: clamar pelo seu nome ou perder a oportunidade.
Jesus vai hoje passar. Qual vai ser a decisão? Segui-lo ou deixá-lo passar?
Marcos 10
INTRODUÇÃO
1. As aparentes contradições do texto
A cura do cego Bartimeu está registrada nos três evangelhos sinóticos. Porém, existem nuances diferentes nos registros. Mateus fala de dois cegos e não apenas de um (Mt 20.30) e Lucas fala que Jesus estava entrando em Jericó (Lc 18.35-43) e não saindo de Jericó como nos informa Marcos (10.46). Como entender essas aparentes contradições?
Em primeiro lugar, nem Marcos nem Lucas afirmam que havia apenas um cego. Eles destacam Bartimeu, talvez, por ser o mais conhecido e aquele que se destacava em seu clamor. William Hendriksen diz que não há nenhuma contradição nos relatos, porque nem Marcos nem Lucas nos contam que Jesus restaurou a visão de somente um cego. Entretanto, não sabemos porque Marcos escreveu a respeito de Bartimeu e não disse nada em relação ao outro cego.[1]
Em segundo lugar, havia duas cidades de Jericó. No primeiro século havia duas Jericós: a velha Jericó, quase toda em ruínas, e a nova Jericó, cidade bonita, construída por Herodes, logo ao sul da cidade velha. A cidade antiga estava em ruínas, mas Herodes, o grande havia levantado essa nova Jericó, onde ficava seu palácio de inverno, uma bela cidade ornada de palmeiras, jardins floridos, teatro, anfiteatro, residências e piscinas para banhos.[2] Aparentemente, o milagre aconteceu na divisa entre a cidade nova e a velha, enquanto Jesus saía de uma e entrava na outra.[3]
2. A última oportunidade
A cidade de Jericó além de ser um posto de fronteira e alfândega (Lc 19.2), também era a última oportunidade de abastecimento de provisões e local de reuniões, em que grupos pequenos se organizavam para a viagem em conjunto. Desta forma protegidos contra os salteadores de estrada (Lc 10.30), os peregrinos partiam deste último oásis no vale do Jordão para o último trecho de uns vinte e cinco quilômetros, uma subida íngreme de perto de mil metros, através do deserto acidentado da Judéia até a cidade do templo.[4]
Jesus estava indo para Jerusalém. Ele marchava resolutamente para o calvário. Era a festa da páscoa. Naquela mesma semana Jesus seria preso, julgado, condenado e pregado na cruz. Era a última vez que Jesus passaria por Jericó. Aquela era a última oportunidade de Bartimeu. Se ele não buscasse a Jesus, ficaria para sempre cativo de sua cegueira.
A oportunidade tem asas, se não a agarrarmos quando ela passa por nós, podemos perdê-la para sempre. Nunca saberemos se a oportunidade que estamos tendo agora será a última da nossa vida.
3. A grande multidão
Por que a numerosa multidão está seguindo Jesus de Jericó rumo a Jerusalém? Aquele era o tempo da festa da Páscoa, a mais importante festa judaica. A Lei estabelecia que todo varão maior de doze anos que vivesse dentro de um raio de vinte e cinco quilômetros estava obrigado a assistir a festa da Páscoa. Obviamente nem todos podiam fazer essa viagem. Esses, então, ficavam à beira do caminho desejando boa viagem aos peregrinos. Por essa razão, Jericó que, ficava a vinte e cinco quilômetros de Jerusalém tinha suas ruas apinhadas de gente. Além do mais, o templo tinha cerca de vinte mil sacerdotes e levitas distribuídos em vinte e seis turnos. Muitos deles moravam em Jerusalém, mas na festa da Páscoa todos deviam ir a Jerusalém. Certamente muitas pessoas deviam estar acompanhando atentamente a Jesus, impressionadas pelos seus ensinos; outras, curiosas acerca desse rabino que desafiava os grandes líderes religiosos da nação. Era no meio dessa multidão mista que Bartimeu se encontrava.[5]
I. SUA CONDIÇÃO ANTES DE CRISTO
1. Bartimeu vivia numa cidade condenada (10.46)
Jericó foi a maior fortaleza derrubada por Josué e seu exército na conquista da terra prometida (Js 6.20,21). Josué fez o povo jurar e dizer: “Maldito diante do Senhor seja o homem que se levantar e reedificar esta cidade de Jericó; com a perda do seu primogênito lhe porá os fundamentos e, à custa do mais novo, as portas” (Js 6.26). Jericó tinha cinco características que faziam dela uma cidade peculiar:
Em primeiro lugar, Jericó era uma cidade sob maldição. Herodes, o grande reconstruiu a cidade e a adornou, mas isso não fez dela uma bem-aventurada.
Em segundo lugar, Jericó era uma cidade encantadora. Era chamada a cidade das palmeiras e dos sicômoros. Quando a brisa batia na copa das árvores, as palmeiras esvoaçavam suas cabeleiras, espalhando sua fragrância e encanto.
Em terceiro lugar, Jericó era uma cidade dos prazeres. Ali estava o palácio de inverno do rei Herodes. Ali ficavam as fontes termais. Ali milhares de sacerdotes que trabalhavam no templo de Jerusalém moravam. Jericó era a cidade da diversão.
Em quarto lugar, Jericó era uma cidade que ficava no lugar mais baixo do planeta. A região onde está situada a cidade de Jericó é o lugar mais baixo do planeta, há quatrocentos metros abaixo do nível do mar. É a maior depressão da terra.
Em quinto lugar, Jericó era uma cidade às margens do Mar Morto. O Mar Morto é um lago de sal. Nele não existe vida. Trinta e três por cento da água desse mar é sal. Nada floresce às margens desse grande lago de sal.
2. Bartimeu era cego e mendigo (10.46)
Faltava-lhe luz nos olhos e dinheiro no bolso. Estava entregue às trevas e à miséria. Vivia a esmolar à beira da estrada, dependendo totalmente da benevolência dos outros. Um cego não sabe para onde vai, um mendigo não tem aonde ir.
Não há nenhuma cura de cego no Antigo Testamento; os judeus acreditavam que tal milagre era um sinal de que a era messiânica havia chegado (Is 29.18; 35.5).[6]
3. Bartimeu não tinha nome (10.46)
Bartimeu em aramaica significa filho de Timeu.[7] Bartimeu não é nome próprio, significa apenas filho de Timeu. Adolf Pohl diz que deste cego conhecia-se somente o nome do pai, que foi explicado para os desinformados.[8] Este homem não era cego e mendigo, mas estava também com sua auto-estima achatada. Não tinha saúde, nem dinheiro, nem valor próprio. Certamente carregava não apenas sua capa, mas também seus complexos, seus traumas, suas feridas abertas.
4. Bartimeu estava à margem do caminho (10.46)
A multidão ia para a festa da Páscoa, mas ele não podia. A multidão celebra e cantava, ele só podia clamar por misericórdia. Ele vivia à margem da vida, da paz, da felicidade.
II. SUA DECISÃO POR CRISTO
1. Bartimeu buscou a Jesus na hora certa (10.47)
Aquela era a última vez que Jesus passaria por Jericó. Era a última vez que Jesus subiria a Jerusalém. Aquela era a última oportunidade daquele homem. Não há nada mais perigoso do que desperdiçar uma oportunidade. As oportunidades vêm e vão. Se não as agarrarmos, elas se perderão para sempre.
2. Bartimeu buscou a pessoa certa (10.47)
Com sua cegueira, Bartimeu enxergou mais do que os sacerdotes, escribas e fariseus. Estes tinham olhos, mas não discernimento. Bartimeu era cego, mas enxergava com os olhos da alma.
Bartimeu chamou Jesus de “Filho de Davi”, seu título messiânico. Jesus é chamado “Filho de Davi” somente aqui em Marcos.[9] O fato deste cego mendigo chamar Jesus de “Filho de Davi” revela que ele reconhecia Jesus como o Messias, enquanto muitos que haviam testemunhado os milagres de Jesus estavam cegos a respeito da sua identidade, recusando-se a abrir seus olhos para a verdade.[10]
Bartimeu chamou Jesus de Mestre. A palavra rabboni também é traduzida por Senhor. A única pessoa nos evangelhos que usou esta palavra foi Maria (Jo 20.16). Bartimeu tinha usado duas vezes o título messiânico de Jesus, mas rabboni era uma expressão de fé pessoal.[11]
Ele compreendia que Jesus tinha poder e autoridade para dar-lhe visão. Este filho o último milagre de cura registrado pelo evangelista Marcos. Nele Jesus demonstra seu amor, misericórdia e graça.
3. Bartimeu buscou a Jesus com perseverança (10.48)
Bartimeu revelou uma insubornável persistência. Nada nem ninguém pode deter o seu clamor, sua exigência de ser levado frente a Jesus. Estava determinado a dialogar com a única pessoa que podia ajudá-lo. Seu desejo de estar com Cristo não vago, geral nem nebuloso. Era uma vontade determinada e desesperada.[12]
A multidão tentou abafar sua voz, mas ele clamava ainda mais alto: “Filho de Davi, tem compaixão de mim”. A multidão foi obstáculo para Zaqueu ver a Jesus e estava sendo obstáculo para Bartimeu falar a Jesus. Nem sempre a voz do povo é a voz de Deus, e, geralmente, não é. Aqueles que tentam silenciar a voz do mendigo faziam-no pensando que Jesus estava ocupado demais para preocupar-se em dar atenção a um indigente.[13] William Hendriksen sugere algumas razões que levaram as pessoas a tentar calar a voz de Bartimeu: Primeiro, as pessoas estavam com pressa de chegar a Jerusalém; segundo, elas concluíram que aqueles gritos não condiziam com a dignidade de Cristo; terceiro, elas não estavam prontas ainda para ouvirem uma proclamação pública de Cristo como sendo “Filho de Davi”; quarto, elas sabiam que os seus líderes religiosos não gostariam nem um pouco disso.[14]
Bartimeu não se intimidou nem desistiu de clamar pelo nome de Jesus diante da repreensão da multidão. Ele tinha pressa e tinha determinação. Ele sabia da sua necessidade e sabia que Jesus era o único que poderia libertá-lo de sua cegueira e dos seus pecados.
4. Bartimeu buscou a Jesus com humildade (10.47,48)
Bartimeu sabe que não merece favor algum, e apela apenas para a misericórdia de Deus. Ele não pede justiça, mas misericórdia. Ele não reivindica direitos, mas pede compaixão.
5. Bartimeu buscou a Jesus com desprendimento (10.50)
Logo que Jesus mandou chamá-lo, ele lançou de si a capa e num salto foi ter com Jesus. Há muitos que escutam o chamado de Jesus, mas dizem: “Espera até que o que estou fazendo”, ou “já vou, depois que terminar isso ou aquilo”. Bartimeu demonstrou pressa. Há duas coisas dignas de nota aqui:
Em primeiro lugar, Bartimeu desfez-se da única coisa preciosa que possuía. Sua capa era sua roupa, sua proteção, sua cama. Era tudo o que ele possuía para protegê-lo da poeira do deserto durante o dia e o de seu frio gélido à noite. Mas, ele desfez-se de imediato de tudo que o poderia se constituir obstáculo. Para Bartimeu o encontro com Cristo era a coisa mais importante da sua vida. Estava pronto a abrir de tudo para encontrar-se com o Messias.
Em segundo lugar, Bartimeu transcendeu a psicologia dos cegos. Ele levantou-se de um salvo para ir a Jesus. Os cegos não pulam, elas apalpam. Kierkegaard, o pai do existencialismo moderno, disse que fé é um salto no escuro, mas para Bartimeu, fé é um salto nos braços de Jesus. Champlin diz que Bartimeu deu um salto com a alma, e não apenas com as pernas. Esse salto fala da prontidão com que devemos correr para Jesus.[15]
6. Bartimeu buscou a Jesus com objetividade (10.51)
Bartimeu sabia exatamente o que necessitava. Jesus perguntou para Tiago e João, “o que quereis que vos faça?” Perguntou para o paralítico: “Queres ser curado?”. Quando Bartimeu chegou à presença de Jesus, ele lhe fez uma pergunta pessoal: “Que queres que eu te faça?”. Ele podia pedir uma esmola, uma ajuda, mas ele foi direto ao ponto principal: “Mestre, que eu torne a ver”.
III. SUA NOVA VIDA EM CRISTO
1. Bartimeu foi salvo por Cristo (10.52)
Aquela era uma caminhada decisiva para Jesus. Ele tinha pressa e determinação. A cidade de Samaria não conseguiu detê-lo. Mas, o clamor de um mendigo o fez parar. Nesse mundo onde tudo se move, o Filho de Davi pára para ouvir o seu clamor. Ele pára para atender-lhe a voz.
Jesus disse para Bartimeu: “Vai, a tua fé te salvou”. Bartimeu creu não por causa da clareza da sua visão, mas como uma resposta ao que ele ouviu.[16] Jesus diagnosticou uma doença mais grave e mais urgente do que a cegueira. Não apenas seus olhos estavam em trevas, mas também a sua alma. Ele foi buscar a cura para seus olhos, e encontrou a salvação da sua alma. William Hendriksen diz que pelo fato de a fé ser, em si mesma, um dom de Deus, é surpreendente que Jesus, em várias ocasiões, louve o recipiente do dom por exercitá-la.[17]
John Charles Ryle diz que Bartimeu era cego no corpo, mas não em sua alma. Os olhos do seu entendimento estavam abertos. Ele viu coisas que Anás, Caifás e as hostes de mestres em Israel não viram. Ele viu que Jesus era o Messias esperado, o todo poderoso Deus.[18] Você tem os olhos da sua alma abertos (1 Pe 1.8)?
2. Bartimeu foi curado por Cristo (10.52)
Jesus não apenas perdoa pecados e salva a alma, mas também cura e redime o corpo. Bartimeu teve seus olhos abertos. Ele saiu de uma cegueira completa para uma visão completa. Num momento, cegueira total. No seguinte, visão intacta.[19] A cura foi total, imediata e definitiva.
3. Bartimeu foi guiado por Cristo (10.52)
Bartimeu “seguia a Jesus estrada a fora”. Bartimeu demonstra gratidão e provas de conversão. Ele não queria apenas a bênção, mas, sobretudo, o abençoador. Ele seguiu a Jesus para onde? Para Atenas, a capital da filosofia? Para Roma, a capital do poder político? Não, ele seguiu a Jesus para Jerusalém, a cidade onde Jesus chorou, onde Jesus suou sangue, onde Jesus foi preso, sentenciado, condenado e pregado na cruz. Ele seguiu não uma estrada atapetada, mas um caminho juncado de espinhos. Não o caminho da glória, mas o caminho da cruz. Bartimeu trilhou o caminho do discipulado.
CONCLUSÃO
Jesus passou por Jericó. Ele está passando hoje também pela nossa vida, cruzando as avenidas da nossa existência. Temos duas opções: clamar pelo seu nome ou perder a oportunidade.
Jesus vai hoje passar. Qual vai ser a decisão? Segui-lo ou deixá-lo passar?
terça-feira, 12 de maio de 2009
Ana, uma mãe que não desistiu de crer
1Sm 1.1-20
O grande estadista americano Abraham Lincoln disse que as mãos que embalam o berço, dirigem o mundo. As mães têm grande influência na formação do caráter de uma pessoa, na estruturação espiritual da igreja e na formação da nação.
Mais do que ninguém as mães convivem com seus filhos. Elas os carregam no ventre, no coração e nos braços. Ninguém sonha tanto com o futuro dos seus filhos. Ninguém defende tanto os seus filhos. Ninguém ora tanto pelos seus filhos.
Hoje vamos ver o exemplo de algumas mães:
I. ANA NÃO DESISTE DE SER MÃE
1. Ana é a esposa amada, mas é estéril – v. 5,6
Ana tem um sonho legítimo, mas está sendo adiado. Ela quer ser mãe, mas não pode. Ela é amada pelo marido, mas anseia por um filho. Ela pede a Deus, a resposta demora. Ana agarra-se ao seu sonho, enquanto todos tentam demovê-la de esperar um milagre. Sua rival Penina a irritava, fazendo-a chorar. Seu pastor, o sacerdote Eli, enquanto ela orava no templo, a chamou de bêbada porque não discerniu que ela estava derramando sua alma diante de Deus. Seu marido, Elcana, instou-a a desistir do seu sonho de ser mãe, dizendo que ele era melhor do que dez filhos para ela. Ana, porém, não desistiu e continuou insistindo com Deus até que o milagre aconteceu na sua vida.
Ana foi vítima da hostilidade de Penina, do engano de Eli e da racionalização de Elcana. Mas ela não desiste de esperar em Deus.
2. Ana é estéril, mas ora pelo filho antes dele nascer – v. 18-20
Ana orou por Samuel antes mesmo de ela conceber. Ela disse: “Por esse menino ora eu”. Antes de Samuel ser gerado no seu ventre, ele foi gerado no seu coração. Antes de ela chorar pela dor do parto, ela chorou diante de Deus pelo filho. Ana é estéril, mas ora; é estéril, mas espera um milagre; é estéril, mas crê na Palavra e é curada emocional e fisicamente.
Mônica, mãe de Agostinho, orou por ele 30 anos. Ambrósio disse mais tarde que um filho de tantas lágrimas, jamais podia perecer.
Hoje temos mães modernas, mães talentosas, mães intelectuais, mães ocupadas, mas poucas mães de oração. A coisa mais importante que uma mãe pode fazer pelo seu filho é orar por ele.
3. Ana recebeu de Deus um filho, e o consagrou de volta para Deus – v. 18-20
Ana não apresentou o seu filho como um troféu de sua vaidade pessoal. Ela sabia que Samuel veio de Deus, era de Deus e devia ser consagrado de volta para Deus. Ela o prometeu a Deus e o devolveu a Deus. Samuel não foi apenas um grande filho, mas um grande homem, o maior da sua geração. Ele foi o maior profeta, o maior sacerdote e o maior juiz da sua geração.
Precisamos de mães que ousem consagrar os seus filhos para Deus. Precisamos de mães que abram mão de seus filhos para realizar os grandes projetos de Deus. Ana entendeu o Salmo 127. Os filhos são flechas nas mãos do guerreiro: eles são carregados e depois lançados para longe, para o alvo.
Asbell Green Simonton era o nono filho, o caçula. Seu pai era deputado federal, médico e presbítero. Sua mãe uma mulher fervorosa. Quando o menino nasceu, eles o consagraram para a obra de Deus. O Senhor honrou o voto dos pais e o chamou para o ministério e para a obra missionária no Brasil.
Ana devolveu ao Senhor Samuel num tempo em que poderia ter justificadas desculpas: Eli estava velho demais. Os dois filhos de Eli eram filhos de Belial. Essa mãe, entretanto, foi perseverante na busca e fiel na entrega.
4. Ana, compreendeu que Deus é soberano na realização da sua vontade em relação aos nossos filhos – 2.6-8
Precisamos de mães que insistam com Deus em oração, mas que descansem na providência de Deus em relação aos seus filhos. Ana entendeu que Deus é quem dá a vida e tira a vida; Deus é quem exalta e quem rebaixa. Deus faz todas as coisas conforme o conselho da sua vontade.
Elcana pensou que o tempo dos milagres havia acabado e encorajou sua mulher a desistir de crer na sua cura. Mas a última palavra não é da ciência, mas de Deus. Ele pode intervir. Ele ainda faz com a que a mulher estéril seja alegre mãe de filhos. Deus não abdicou do seu poder. Ele ainda nos diz: “Se creres, verás a glória de Deus”.
Todos diziam para Ana desistir, mas ela continuou crendo. Todos tocavam as trombetas da impossibilidade, mas ela continuou crendo que se Deus quiser, Deus pode. Às vezes nós desistimos cedo demais. Desistimos no limiar da vitória. Recuamos com o pé na terra da promessa.
Não abra mão de esperar coisas grandes e novas na sua vida e na vida dos seus filhos. Ele pode fazer com que a mulher estéril seja alegre mãe de filhos. Ele pode converter vales em mananciais, lágrimas em cânticos de júbilo, solidão em festa, derrota em retumbantes vitórias.
Samuel foi uma bênção nas mãos de Deus num tempo de crise política e espiritual. Ele foi o homem que ensinou a Palavra de Deus e orou pela nação.
Ana foi uma mulher que celebrou as suas vitórias e glorificou a Deus pelos seus sonhos realizados (1.20). Ela adorou a Deus e ergueu a ele um cântico (2.1-10).
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